Por Kleber Karpov
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal recebeu, neste mês (31/Dez), certificação oficial da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) pela eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis. O reconhecimento atesta a eficácia das políticas públicas no combate às infecções transmitidas de mãe para filho durante a gestação ou parto. A capital federal se destaca pela implementação de fluxos de cuidado que garantem o diagnóstico precoce e o tratamento imediato na rede pública.
Selos de prata e bronze
O sistema de saúde distrital alcançou o Selo Prata para o HIV e o Selo Bronze para a sífilis conforme os critérios internacionais de excelência. A avaliação exige que a taxa de transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana se mantenha inferior a 2%. As autoridades sanitárias também monitoram a incidência em crianças para que o índice fique abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos no território.
A Gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel, afirmou que a certificação legitima o esforço das equipes nas maternidades. Segundo a gestora, o foco atual se volta para a manutenção dos indicadores de qualidade no pré-natal e suporte especializado. A ferramenta se mostra essencial para assegurar que os bebês nasçam saudáveis e livres de infecções que podem ser evitadas com acompanhamento clínico.
“Essa certificação legitima um esforço coletivo da Secretaria de Saúde, que envolve desde a busca ativa até o suporte especializado nas maternidades”, disse Beatriz Maciel.
Panorama
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, avaliou que o Brasil se consolida como o maior país do mundo a eliminar a transmissão vertical do HIV. O representante destacou que os avanços refletem a consolidação do acesso gratuito à terapia antirretroviral no Sistema Único de Saúde (SUS). Dados nacionais indicam uma queda de 13% nos óbitos por aids entre os anos de 2023 e 2024 ao atingir o menor patamar em três décadas.
No Distrito Federal, o governo ampliou a oferta de ferramentas de prevenção como as profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP). A rede pública também intensificou a distribuição de testes rápidos e a busca ativa de gestantes para o acompanhamento médico ininterrupto. O fortalecimento dessas estratégias permitiu que a capital atingisse mais de 95% de cobertura nos exames de pré-natal e na oferta de medicamentos.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










