Por Kleber Karpov
A Semana de Combate ao Feminicídio encerrou sua programação nesta sexta-feira (15) com um ato público no Eixo Monumental e uma solenidade na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Organizado pela Procuradoria Especial da Mulher, o evento, com o tema “Falando delas com eles: reflexão, diálogo e empatia”, focou na conscientização do público jovem por meio de debates, apresentações culturais e uma manifestação com estudantes em frente à sede do Legislativo local.
Jovens como público-alvo
A programação movimentou a CLDF com a participação de estudantes da rede pública de diversas regiões administrativas. O encerramento no auditório da Casa contou com a encenação da peça “Os filhos dela”, apresentada por alunos do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, que aborda a vida de órfãos de mães vítimas de violência.
A procuradora especial da Mulher, deputada Paula Belmonte (Cidadania), justificou o foco da iniciativa. “A gente resolveu fazer esse trabalho com adolescentes e jovens, porque vocês são o presente e são o futuro. Através de vocês, a gente pode romper um padrão”, disse a parlamentar aos estudantes.
O poder da palavra
Durante a solenidade, especialistas também debateram as raízes da violência. A professora de linguística da Universidade de Brasília (UnB), Cíntia Pacheco, falou sobre o papel da linguagem. “A palavra tem poder porque a violência também acontece pela palavra”, afirmou. Ela, que orientou a pesquisa para a exposição “Feminicídio na Mídia”, em cartaz na CLDF, explicou que o discurso da mídia reflete a sociedade, mas também “tem o poder de transformar”.
O professor de luta Francisco Mesquita Júnior, fundador do projeto “Mulheres em Ação”, falou sobre a importância de as mulheres aprenderem defesa pessoal. “Quero que a minha filha jamais passe por esse tipo de situação, de sofrer uma violência, de sofrer uma agressão, seja qual for. E, pensando nisso, ela começou a treinar aos quatro anos de idade”, relatou. Representantes das polícias Civil e Militar também participaram e defenderam a necessidade da denúncia de qualquer caso ou suspeita de violência.
Para denunciar, a Central de Atendimento à Mulher oferece o Ligue 180, com ligação gratuita e funcionamento 24 horas, e um canal de chat no WhatsApp pelo número (61) 9610-0180. Em casos de emergência, a Polícia Militar deve ser acionada pelo 190.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










