De 85 mortes por influenza registradas na última semana apenas sete eram de pessoas vacinadas, alerta secretário de Saúde do Paraná

Por Kleber Karpov

Durante entrevista à imprensa, neste domingo (15/Jun), o secretário de Saúde do Estado do Paraná (SESA-PR), Carlos Alberto Gebrim Preto, fez uma apelo à população paranaense para buscarem a vacina contra a gripe Influenza. De acordo com Beto Preto, como é conhecido, apenas no dia anterior, foram registrados 85 óbitos, decorrente da ação do vírus influenza.

Do montante, Beto Preto, chamou atenção ainda, ao ressaltar a importância da vacinação, ao observar que dos 85 óbitos registrados, apenas sete eram de pessoas vacinadas. Além de ponderar serem as crianças e idosos as principais vítimas dos Influenza A, ou Influenza B.

“Chama atenção, por exemplo, dos óbitos, dos 85 óbitos por influenza que nós conseguimos levantar ontem, apenas 9 tinham sido vacinados contra a gripe.”, disse Beto Preto ao indicar as principais vítimas “Então, isso quer dizer que quem é que está perdendo a vida? É quem não se vacinou. Quem é que está internando em UTI? É o idoso, a criança que não se vacinou.”, concluiu.

Estado de alerta

Nessa semana, Beto Preto anunciou que, além de 58 leitos já abertos anteriormente, a abertura de 77 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) em hospitais, para atender as regiões Oeste e Norte do Estado aos municípios de Medianeira, Cascavel, Toledo, Apucarana e Arapongas. Isso em decorrência das sobrecarga no sistema público de saúde em decorrência da ação das Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em especial por força do vírus sincicial, e ainda  e ainda dos Influenza A ou B.

Segundo Beto Preto, “O Paraná registra a maior de circulação de circulação de vírus respiratórios, como o sincicial e a influenza. É a maior frequência registrada nos últimos dois anos.”. Ocasião em que voltou a fazer um apelo à necessidade de a população paranaense buscar a vacinação.

Foz do iguaçu

Em outra entrevista, no sexta-feira (13/Jun), o secretário exemplificou o caso de Foz do Iguaçu, no oeste paranaense onde, das 250 internações por ação do ao longo desse ano, no hospital Municipal de Foz do Iguaçu, apenas 18 eram vacinadas.

“Isso demonstra que falta vacinar e que essa vacina contra o Influenza é efetiva. Ela não vai fazer com que a pessoa não tenha a doença. Mas vai fazer com que organismo da daquela criança, daquele idoso possa reagir melhor a um quadro de Influenza A ou B, e isso pode nos ajudar.”, explicou.

Crianças e idosos

Segundo secretário, crianças e idosos, são as principais vítimas de SRAG, doença respiratória que afeta os pulmões e causa uma série de sintomas graves, parecidos com uma forte gripe, causadas por vírus, como o influenza A ou influenza B, amplamente ativos durante a sazonalidade de frio no Estado.

“Por isso, inicio a semana com este apelo. A vacina é a forma mais eficaz de proteção. Pais e responsáveis, não deixem para depois: levem seus filhos para vacinar o quanto antes. Vamos cuidar das nossas crianças. A prevenção começa com a vacinação.”, publicou nas redes socais.

50% da meta

Das 5 milhões de doses recebidas pelo Paraná por parte do Ministério da Saúde (MS), dados divulgados na sexta-feira (13/jun) indicam que o estado aplicou 2.590.251 doses da vacina contra a Influenza, com imunização de 51,8% do público alvo, percentual abaixo da meta estabelecida de 90% do público-alvo. Dentre os imunizados, esse percentual reflete 32,25% de crianças, 31,76% de gestantes e 47,16 de idosos, principal grupo de risco das variações do vírus influenza.

“A vacina contra a gripe está disponível em todos os 399 municípios do Estado. Pedimos à população que procure as unidades de saúde. Quanto maior a taxa de vacinação, menor será o número de internamentos, o que significa mais espaço e agilidade para atender casos graves como da bronquiolite”, ponderou Beto Preto.

Números

Desde o início de 2025, a SESA-PR registrou 12.011 internações por SRAG. Desses, 1.379 casos tiveram confirmação para Influenza, 560 para Covid-19, 3.043 foram associados a outros vírus respiratórios e 2.096 permanecem em investigação. Ao todo, nesse período foram registrados 598 óbitos em todo o Estado.