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08 maio 2024 01:58


Renato Lima rebate críticas e diz ser capacitado para gerir a Secretaria de Saúde

O ex-diretor do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e cirurgião bariátrico, Renato Lima, rebateu denúncias publicadas pelo blog Política Distrital (PD). Na tarde de quinta-feira (30/Abr), PD conversou com Renato que esclareceu o que chamou de ‘equivocada’ a publicação do jornal Correio Braziliense (28/Abr) sobre suposta ‘articulação’ para ‘derrubar’ o secretário da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), João Batista.

Entenda o caso

As denúncias recebidas e publicadas por Política Distrital foram recebidas após publicação da coluna Eixo Capital, do Correio Braziliense. De acordo com CB o irmão de Renato, o médico, David Alves Teixeira Lima, havia organizado um jantar em que participaram e contou com a presença das presidentes e vice-presidentes da Casa, Celina Leão (PDT) e Jaqueline Roriz (PRTB), o ex-líder da base do governo na CLDF, Raimundo Ribeiro (PSDB), com a intenção de se unir forças para derrubar Batista.

O jantar com os distritais

Renato observou que nunca foi filiado a nenhum partido, mas confirma ter um bom trânsito entre todos os partidos e esclarece que o irmão, que atua no meio político de Goiás. Com relação ao jantar com os deputados da Câmara Legislativa Renato afirma: “O meu irmão convidou os amigos deputados para debater sobre a saúde, em especial, do entorno. Era uma confraternização. Ele como um provável candidato querendo discutir a saúde do entorno. Em uma confraternização com pessoas que nós temos trânsito. (…) Foram 10 deputados e nós debatemos. Fizemos um confraternização entre nós, de amizade, debatemos sobre o entorno e inevitavelmente debatemos sobre o Distrito Federal , porque os deputados são daqui. Apesar da questão do Goiás fazer parte do Distrito Federal. A gente vê a saúde do Goiás dependente do DF enquanto tiver essa separação tanto o Goiás quanto o Distrito Federal vai estar prejudicada.”, afirmou.

Renato explica que discutiram sobre a situação da saúde do DF, dos anos de herança do caos que acontece em todo país. “Durante a reunião foram colocados pelos deputados a dificuldade de serem recebidos pelo Secretário, de ser recebido alguma demanda deles. Hora nenhuma nessa reunião foi levantado em derrubar o Secretário. O que foi levantado é que se houver mudanças que o grupo que representa a população do DF pode levar algum nome, que pode ser o meu ou o de qualquer um outro. Não houve sabatina. Até mesmo porque não precisava me sabatinar pois eu conhecia todas elas. Praticamente todos os deputados que estavam na casa de meu irmão eu conhecia. Então não houve nenhuma sabatina ou nenhuma estratégia de derrubar o Secretário. (…) Mas que na hipótese de haver alguma mudança, que seja escutado o representante do povo e foi colocado meu nome, pelas características que eu tenho de gestão e como médico preocupado com a gestão do DF e querendo ajudar, seja o governador Rollemberg, Roriz, Agnelo, qualquer um que estiver aí, como um servidor da Saúde, me coloco como um responsável, como servidor e pessoa para estar ajudando a Saúde, independente de política. Minha política é política de Saúde. (…) Nós entramos na conversa dos avanços que tiveram, ou não, a Saúde do Distrito Federal, que é notório, que todo mundo está vendo.”, afirmou.

João Batista, por Renato Lima

Renato afirma que Batista é uma pessoa reconhecida no meio médico, na condição de cirurgião e o vê com bons olhos. Em relação à gestão à frente da Saúde Renato observa: “Ele está na secretaria de Saúde com muita vontade. Ele herdou uma situação muito difícil e tem que batalhar para tentar resolver, mas a gente não viu nada até agora. ”, afirmou.

Rebatendo as denúncias:

Processos Administrativos: Renato frisou não estar respondendo a nenhum processo administrativo. “Na minha gestão que eu saí agora eu respondi a um processo administrativo por um ‘suposto’ nepotismo, porque eu era diretor do hospital e a minha irmã médica concursada. A minha irmã não tinha cargo de comissão dentro do Hospital, mas houve uma denúncia anônima por um suposto nepotismo. (…) A minha irmã é concursada pela Secretaria de Saúde e não respondia diretamente a mim e sim a outra pessoa do hospital, ou seja, não era imediata minha e não recebia nenhuma gratificação além do salário de concursada. O próprio corregedor julgou improcedente e o processo foi arquivado.”, afirmou.

Atendimentos em hospital particular durante horário de expediente na SES-DF:   Renato confirmou ter um consultório particular e ter realizado atendimentos quando deveria dar expediente na SES-DF. No entanto Renato pondera: “Durante a minha gestão (HRAN) à época que o Secretário me convidou eu falei: eu vou trabalhar muito mais que às quarenta horas semanais porque eu acredito que um diretor ele é responsável de manhã, de tarde, de noite, sábado e domingo. Então vou estar nessa direção muito além que qualquer outro diretor. Mas em alguns momentos vou fazer o meu consultório, em horários que não vai prejudicar a minha direção.”, afirmou.

Renato observou ainda que durante a gestão, por diversas vezes ficou no hospital de madrugada e atendeu em outras unidades: “Durante a minha gestão o Secretário me ligou com problemas em outros hospitais. Teve um dia que estava sem médicos no hospital do Paranoá. Eu fui lá como plantonista para dar plantão lá. (…) Em vários momentos o HRAN não tinha médico eu fui para a ponta para poder, eu ser o plantonista, ou seja, eu estive no hospital muito além do que a maioria dos diretores e muito além do que é obrigação e está escrito no papel. Em hora nenhuma a cirurgia minha em qualquer hospital teve conflito de interesse na Secretaria de Saúde ou a gestão no papel.”, complementou Renato.

Uso da máquina pública para suposto ajudar na campanha do irmão: Segundo Renato a denúncia é totalmente infundada. O ex-gestor do HRAN lembrou que as unidades de saúde em 2014 estavam sobrecarregadas e que qualquer pessoa que possa ter procurado o hospital para atendimento, foi pelas “pelas vias normais” e explicou: “Não houve uso do hospital para ajudar um candidato ou outro. Se alguém do entorno foi atendido pelo hospital é porque estava doente e veio pelas vias normais. Existem casos de pessoas que pedem ajuda. Existem pessoas que estão tentando aí conseguir uma coisa simples e não conseguem. Vai tentar um exame ou outra coisa e não consegue, então é muito comum as pessoas procurarem pedindo uma ajuda. Então existe isso e é muito comum as pessoas virem procurar pedindo uma ajuda. No que a gente consegue ajudar, a gente sempre ajuda. Independente se é do DF ou do Goiás, amigo de ‘fulano’ ou ‘ciclano’ então eu ajudei muita gente, as pessoas que estavam precisando e não foi para ajudar meu irmão não.  Ajudei pessoas que estavam doentes, precisando de uma ajuda, precisando de tratar um câncer, uma doença inflamatória, precisando de uma cirurgia. Não houve qualquer tipo de política de barganha de votos e isso é muito baixo. Eu levo a medicina muito a sério. Se a pessoa quer botar o meu irmão lá, é pela pessoa que meu irmão é la e não porque está conseguindo uma ou outra coisa para ele. Pedidos sempre tem, mas não lembro de nenhuma vez meu irmão vindo aqui para trazer, porque foi uma coisa que eu reuni minha equipe e me preocupei muito. ”, enfatizou.

E se fosse convidado para assumir a SES?

Questionado sobre um possível convite por parte do governo para assumir a Secretaria de Saúde, Renato explicou que tem amigos da base do governo, pessoas que querem que o governo Rollemberg dê certo: “Independente do governo que estiver lá, nós temos que apoiar, porque se não der certo, o sofrimento vem para mim mesmo, principalmente na Saúde. Se está ruim para o hospital estará ruim para mim.”, afirmou.

Porém Renato ressalvou: “A gente tem sim o interesse de ajudar o governador Rollemberg, agora não tenho interesse nenhum que o Secretário (Batista) saia. Se o Secretário sair será porque ou ele pediu para sair ou porque o governador achou que tem que ter mudanças. Na hipótese de uma mudança se eu for questionado, a gente tem que sentar para conversar para saber qual é o caminho que o governador quer que a gente siga. E se o governador aceita o caminho, uma vez que a gente também tem uma experiência, se ele aceita esse caminho. Se convergir, não tenho nenhum problema em assumir uma secretaria de Saúde. Me sinto capacitado para isso sim. Agora de forma nenhuma a gente juntar contra o doutor João Batista pelo respeito que eu tenho a ele.”, afirmou.

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