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26 abr 2024 15:18


De “mãos limpas” a mãos sujas. Rollemberg não dorme preocupado com investigações

Cerca de 120 minutos de Interceptações telefônicas autorizadas pela justiça e farta documentação apreendidas pela “Operação 12:26”, da Polícia Civil nesta terça-feira (07/08), sujou a imagem de um governo que posava de honesto e que, até antes disso, dizia que todos os “diabos” pertenciam apenas aos adversários políticos. No entanto, o inferno está mesmo é no Buriti

Por Toni Duarte//RADAR-DF

Vinte quatro horas após a deflagração da “Operação 12:26”, que investiga tráfico de influência, corrupção e roubalheira do dinheiro público no GDF, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), não dormiu direito essa noite.

Rollemberg está preocupado com o que pode vomitar o seu homem de confiança e fiel escudeiro Marcelo Nóbrega, principal alvo das investigações realizadas pela Coordenação Especial de Combate ao Crime Organizado (Cecor).

O farto material recolhido pela Polícia Civil do Distrito Federal, entre horas de gravações e documentos, autorizado pela 4ª Vara Criminal, é o que mais atormenta o governador que está em campanha pela reeleição, a qual a batizou com o sugestivo nome “Brasília de mão limpas”.

Desde quando estourou as primeiras denúncias de corrupção, envolvendo Marcelo Nóbrega, apuradas pela CPI da saúde da Câmara Legislativa, em junho de 2016, que o governo Rollemberg vinha protegendo e escondendo, com muito cuidado, o homem que é íntimo de muitos anos da família do governador.

Nestes últimos dois anos, Nóbrega trocou de emprego dentro do GDF, passou pelo Governo Federal e trabalhou no gabinete de um senador do PSB no Senado. Em seguida retornou para um cargo de assessor e despachava em uma sala ao lado do gabinete do governador no Palácio do Buriti.

Conforme aponta as investigações policiais, Marcelo Nóbrega além de ser investigado pela operação (12:26), também aparece nas investigações sobre uma suposta fraude ocorrida na concessão do serviço de transporte público coletivo, bem como na Operação Drácon.

A operação (12:26) cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Brasília e em São Paulo e Marcello Nóbrega não é o único envolvido. Outros investigados são: o administrador do Lago Norte, Marcos Woortmann e Leonardo Rocha de Almeida Abreu, irmão do chefe de Gabinete da Casa Civil, Guilherme Rocha de Almeida Abreu.

A lamaçal é grande e tornou-se pauta de discussão nesta quarta-feira entre os integrantes da mesa diretora da Câmara Legislativa. O colegiado promete exigir maiores esclarecimentos do governo em relação ao assunto.

Para o deputado Alberto Fraga (DEM), pré-candidato ao Buriti, “Brasília está de mãos limpas, mas Rollemberg está de mãos sujas”, disse.

Fraga detalhou ainda:

“Um governo que monta um esquema mafioso dentro do BRB e do próprio Buriti para roubar o dinheiro do povo, é um governo de mãos sujas. Sujas porque mata crianças e adultos por falta de atendimento nos hospitais; sujas por abandonar cidadãos de bem que estão refém da violência e da criminalidade por ter sucateado a segurança pública; suja pela desastrosa gestão que nos últimos quatro anos transformou Brasília em um caos com viadutos caídos e pontes rachadas. Esse é um governo sujo, corrupto e irresponsável que o povo saberá se livrar nestas eleições”, acredita Fraga.

Fonte: Radar-DF

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