Por Kleber Karpov
Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) adota, nesta semana do Dia Mundial da Sepse, protocolos especiais para combater a alta mortalidade da doença, popularmente conhecida como ‘infecção generalizada’. A iniciativa busca ampliar o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz, como em capacitação para pediatras no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), agendada para quinta-feira (11/Set), para reverter um quadro que leva a óbito até 60% dos pacientes no Brasil.
Cenário alarmante
A sepse, uma resposta inflamatória grave do organismo a uma infecção, pode evoluir rapidamente para a falência de múltiplos órgãos e morte se não tratada com urgência. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que a condição é responsável por 48,9 milhões de casos e 11 milhões de mortes anuais em todo o mundo, o que corresponde a aproximadamente 20% de todos os óbitos globais. Crianças com menos de cinco anos representam quase metade desses casos. No Brasil, a situação é ainda mais crítica, com uma taxa de mortalidade estimada em 60%, um índice drasticamente superior à média de 20% registrada em países desenvolvidos.
Para a infectologista da SES-DF, Clarisse Lisboa, reconhecer rapidamente os sinais de sepse, é um fator de extrema importância para salvar vidas. Em especial para se iniciar os primeiros cuidados, ainda na primeira hora diante da suspeita de infecção, a chamada “hora de ouro”.
“O diagnóstico e o tratamento ágil fazem toda a diferença para reduzir a mortalidade. Por isso, precisamos olhar para esse problema com mais atenção e adotamos o uso de protocolos clínicos que comprovadamente salvam vidas, que seguem os pilares: prevenção, reconhecimento e diagnóstico precoces, tratamento correto e reabilitação”, reforça.
Hora de ouro
O reconhecimento rápido dos sinais da sepse é crucial para salvar vidas. A infectologista da SES-DF, Clarisse Lisboa, destaca que os primeiros cuidados devem começar na primeira hora após a suspeita, período conhecido como “hora de ouro”. “O diagnóstico e o tratamento ágil fazem toda a diferença para reduzir a mortalidade. Por isso, precisamos olhar para esse problema com mais atenção e adotamos o uso de protocolos clínicos que comprovadamente salvam vidas, que seguem os pilares: prevenção, reconhecimento e diagnóstico precoces, tratamento correto e reabilitação”, reforça.
A experiência de pacientes como Michel Strogoph Horovits, internado no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), ilustra a importância da agilidade. “No começo, achei que era só um machucado, mas em pouco tempo meu quadro piorou muito. Se não fosse a agilidade da equipe daqui, eu não estaria melhorando. Hoje entendo a importância de reconhecer os sinais cedo”, contou.

Tratamento intensivo
O tratamento da sepse geralmente requer internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A primeira ação é a administração intravenosa de antibióticos de largo espectro, iniciada antes mesmo da identificação do agente infeccioso. Para estabilizar a circulação em pacientes com queda acentuada de pressão arterial, são utilizados vasopressores. Em casos graves, suportes avançados como ventilação mecânica e hemodiálise podem ser necessários.
“Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções. Além disso, os sinais e sintomas de infecção na criança podem ser mais difíceis de identificar pela dificuldade em comunicar o que ela sente.” explicou a especialista Clarisse Lisboa.
Risco pediátrico
“Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções. Além disso, os sinais e sintomas de infecção na criança podem ser mais difíceis de identificar pela dificuldade em comunicar o que ela sente”, aponta a especialista Clarisse Lisboa. A médica também esclarece ser fundamental manter o cartão de vacinas atualizado e procurar auxílio médico imediato a qualquer suspeita de infecção, para que o tratamento adequado comece o mais rápido possível.
Capacitação profissional
Para fortalecer o combate à doença no público infantil, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), em parceria com a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), ofertará uma capacitação focada no reconhecimento precoce da sepse pediátrica. O treinamento ocorrerá na próxima quinta-feira (11/Set), de forma presencial no auditório do Hmib e virtualmente. Com o lema “Reconhecer para Agir”, a iniciativa visa reforçar a identificação rápida dos sinais clínicos, permitindo uma intervenção médica dentro da “hora de ouro” para salvar vidas e evitar sequelas graves.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










