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15 dez 2025 13:10

Novo formulário de coleta de dados promete melhoria no atendimento ao paciente de AVC

Ferramenta foi desenvolvida em uma parceria entre Tecnologia do IgesDF e Unidade de Neurologia do Hospital de Base

Por Bruno Laganá

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF) está no processo de implementar uma nova ferramenta que promete ajudar muito no acompanhamento de pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). A ideia envolve a criação de novos formulários de coleta de dados que permitam aos profissionais médicos a inclusão de dados importantes para avaliação dos principais indicadores de qualidade assistenciais do paciente com AVC.

“Dentro da medicina existem alguns protocolos que são gerenciados para lidar com o atendimento de algumas doenças”, explica Letícia Rebello, neurologista vascular do Hospital de Base do DF. Segundo ela, os principais protocolos são o de Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como derrame, o de dor torácica (infarto), o de sepse, que é o quadro infeccioso mais grave e o de trauma.

Uma vez que o tempo é um dos grandes fatores que impactam no prognóstico do paciente com AVC, com o objetivo de se melhorar a assistência a esse paciente, monitoramos os principais indicadores de qualidade relacionados ao tempo de chegada no hospital, realização de exame de imagem e início de tratamento em casos selecionados. “Quanto menor o tempo que o paciente é atendido e tratado, no geral, ele tem mais chances de sair sem sequelas”, explica Letícia.

A superintendência de tecnologia do IgesDF desenvolveu, sob supervisão e consultoria dela e da Unidade de Neurologia do Hospital de Base, novos formulários que possuem campos padronizados, onde os dados são inseridos e assim gerados gráficos de indicadores automáticos pelo Sistema MV e PowerBI, sendo possível também a extração de Relatórios em Excel.

“De forma automática e informatizada, será possível avaliar de forma muito mais rápida esses indicadores e ter um retrato detalhado dos casos de AVC dentro dos Hospitais geridos pelo IgesDF”, afirma Deilton Lopes da Silva, superintendente de tecnologia do Instituto. Ao juntar o conhecimento médico aos avanços tecnológicos será possível enfrentar o desafio de uma doença que, segundo dados do DataSUS do Ministério da Saúde, levou 106,9 mil pessoas a óbito no Brasil no ano de 2022.

Corrida contra o tempo

Dentro do protocolo de atendimento ao paciente com suspeita de AVC, é necessário avaliar os tempos de assistência. “Chamamos de “Tempo Porta-Agulha” o período registrado entre o momento em que o paciente dá entrada no Hospital e o em que ele recebe a infusão do remédio trombolítico”, aponta Letícia.

Para o tratamento do AVC é fundamental alcançar as metas de tempo de cada etapa no atendimento ao paciente. “O ideal de tempo gasto entre a chegada do paciente ao hospital e a realização de uma tomografia é menor que 25 minutos. Já o período entre a chegada e a administração do trombolítico deve ser menor do que 60 minutos”, explica a médica.

Antes dos novos formulários todas essas informações de tempo ficavam em campo aberto, sem uma padronização ou informatização. “Muitos dos residentes e colegas da neurologia anotavam esses tempos, que ficavam perdidos na evolução. Caso a gente precisasse realizar uma avaliação nos indicadores de qualidade, tínhamos que consultar cada prontuário para encontrar esses registros, o que gerava um trabalho muito dispendioso”, completa a especialista.

Tecnologia a serviço da saúde

No momento, a equipe de assistência está em treinamento quanto ao preenchimento e uso da ferramenta, com previsão de conclusão dessa etapa até a metade do mês de março. Os formulários serão implementados inicialmente tanto no Hospital de Base quanto no Hospital Regional de Santa Maria.

“Esses dados vão ajudar muito a entender como está o nosso serviço e avaliar oportunidades de melhoria. Existem outros indicadores que são avaliados também, relacionados aos dados de desfecho do paciente, com informações de como ele deu entrada no hospital, como que ele está saindo, para que seja possível avaliar qual o impacto do tratamento nesse paciente”, finaliza a médica.

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