Por Kleber Karpov
O Governo do Distrito Federal (GDF) oficializou, nesta terça-feira (30/Set), a criação do Comitê Distrital de Bem-Estar e Saúde Mental, um grupo de trabalho focado em desenvolver políticas de prevenção ao adoecimento de servidores públicos. A medida foi anunciada durante o I Encontro de Bem-Estar e Saúde Mental, na Escola de Governo, e visa combater o que já é um dos maiores motivos de afastamento no funcionalismo do DF.
O comitê será composto por integrantes das secretarias de Economia (Seec-DF), Educação (SEEDF), Saúde (SES-DF) e da Defensoria Pública do Distrito Federal, com a responsabilidade de apoiar estudos e planejar ações preventivas.
Foco na prevenção
A urgência do tema foi destacada pelo secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida, Epitácio Júnior. “Estamos criando um grupo de trabalho para se concentrar no tema. Realizar pesquisas e se debruçar com dedicação em ações preventivas e efetivas. Hoje, a saúde mental está entre os maiores motivos de afastamento dos nossos servidores”, disse.
O secretário de Economia, Daniel Izaias, detalhou a função do grupo. “Poderão realizar pesquisas e contarão com apoio das pastas para buscar ações preventivas eficientes. Será um grupo dedicado a pensar e buscar a implementação da política distrital de saúde mental”, explicou.
Saúde organizacional
Para Izaias, a nova política amplia o conceito de saúde mental para a saúde organizacional. “Produtividade e desenvolvimento só são possíveis em ambientes de trabalho saudáveis”, avaliou. Ele contextualizou a crescente pressão sobre o funcionalismo: “Antes, a maior preocupação era só com a saúde física. Mas, na medida em que a sociedade vai se dinamizando, os processos vão ficando cada vez mais complexos e o uso de ferramentas e automação de processos vai fazendo com que o ser humano seja cobrado por mais produtividade, isso começa a afetar a saúde mental dos servidores”.
Esforço coletivo
A criação do comitê é um desdobramento da Política Pública Distrital de Bem-Estar e Saúde Mental no Trabalho, instituída por decreto em julho. Epitácio Júnior ressaltou o pioneirismo da medida. “Isso muda a forma de tratamento, que deixa de ser apenas uma demanda individual do servidor e passa a ser um compromisso do governo”, afirmou.
A psicóloga Jacqueline Ferraz, da Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde), concluiu o debate reforçando a necessidade de uma abordagem compartilhada. “Tanto cada pessoa, quanto a instituição como um todo e a sociedade de uma maneira geral devem atuar de forma paralela, contínua e permanente para favorecer a saúde mental individual e coletiva, uma vez que uma depende da outra”, destacou.
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