Mais de 12 anos depois do crime, chega ao fim a impunidade. O médico condenado por estupro de auxiliar de Enfermagem dentro do um hospital na região metropolitana de São Paulo foi preso nesta quarta-feira, 29/1. O médico, de 61 anos, estava foragido desde dezembro, e foi capturado pela polícia civil em apartamento na região central de São Paulo.
O médico é suspeito de assediar mulheres por anos, em hospital da Grande São Paulo. Uma vítima, auxiliar de Enfermagem, denunciou abuso sofrido em 2012. Após diversos recursos judiciais, sentença de 2023 condenou o médico a 10 anos e seis meses de prisão, em regime fechado. A polícia civil acredita que, com a prisão, novas denúncias podem vir à tona.
85% das equipes de Enfermagem no Brasil são compostas por mulheres. Levantamento do Coren-SP indica que 30% dessas profissionais relatam ter sofrido alguma forma de violência de gênero.
Os Conselhos de Enfermagem estão abertos para acolher e apoiar profissionais de Enfermagem vítimas de violência sexual. É compromisso do Sistema Cofen/Corens enfrentar a violência sexual. As denúncias devem ser levadas também aos respectivos Conselhos Regionais, além das ações penais cabíveis.
“Parabenizamos a Divisão de Capturas do Departamento de Operações Especiais (Dope) por fazer cumprir o mandato de prisão. A ação representa o fim da certeza de impunidade”, afirma Wilton Patrício, presidente do Coren-ES. Segundo informações divulgadas pela imprensa, ao ser preso, o médico demandou tomar um banho quente antes de ser conduzido à delegacia.
