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05 dez 2025 06:50

‘Desativação do hospital de campanha não comprometeu leitos de UTI’

Secretário adjunto de Assistência à Saúde explica que unidade de atendimento do Mané Garrincha tinha taxa de ocupação de 30% quando foi fechada

Por Hédio Ferreira Junior

A desativação do Hospital de Campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha, em outubro de 2020, não comprometeu a disponibilidade de leitos para tratamento de pacientes com covid-19 em unidades de terapia intensiva (UTIs). Isso porque o ponto de atendimento a pacientes infectados pelo novo coronavírus não tinha estrutura para internações de alta complexidade.

Em conversa com a Agência Brasília, o secretário adjunto de Assistência à Saúde do DF, Petrus Sanchez, explica que todos os leitos ofertados na rede pública permaneceram intocáveis com a desinstalação e que a demanda atual maior do que a oferta nada tem a ver com o fechamento da unidade. “A necessidade neste momento é mais por leitos de UTI, serviço que o hospital de campanha nunca ofertou”, destaca.

Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista.

Por que o Hospital de Campanha do Mané Garrincha foi desativado?

“Para a instalação de uma UTI, é necessário que se atendam as regulamentações específicas da vigilância sanitária – que não poderiam ser cumpridas num ambiente provisório como o do estádio”

O hospital de campanha foi desativado porque os três contratos venceram entre setembro e outubro de 2020. O primeiro deles, de cessão do espaço, foi encerrado, e a empresa que tem a concessão do uso do estádio pediu a desocupação para a realização de jogos. O segundo era de manutenção predial para fazer as adequações – como canalização de gases, limitação de espaços com divisórias e outras adequações. E o terceiro, de gestão da saúde, era de oferta de serviço com os profissionais.

Quantos leitos foram abertos no ano passado?

Foram 173 leitos de enfermaria e 20 de unidades de cuidados intermediários (UCIs), que eram para os pacientes que precisavam, por exemplo, de máscara de oxigênio.

E as UTIs?

Não foi aberto nenhum leito de Unidade de Terapia Intensiva no estádio. Para a instalação de uma UTI, é necessário que se atendam as regulamentações específicas da vigilância sanitária – que não poderiam ser cumpridas num ambiente provisório como o do estádio.

R$ 65 milhõesseria o custo acumulado para manter o Hospital de Campanha do Mané Garrincha. Orçamento é quase metade do previsto para o Hospital Oncológico, de R$ 120 milhões

O que foi feito com a estrutura desmontada do hospital?

Todo o material usado na estrutura foi desmontado e colocado à disposição da Secretaria de Saúde. Por meio dele [o material], permitiu-se a criação de mais leitos de UCI, de enfermaria e até para UTI em outros hospitais de campanha e hospitais regionais. Somente o do estádio foi desativado. Enquanto isso, o Hospital da PM [Polícia Militar do DF], que chegou a ser provisório e hoje é permanente, ampliou de 80 leitos para 100 de UTI; o de Ceilândia inaugurou em dezembro com 40 vagas de enfermaria e 60 de UCI. Além disso, o Hospital de Campanha da Papuda começou este mês a atender os detentos com dez leitos de observação/enfermaria.

Em cinco meses de atendimento, quantos pacientes passaram por lá e quais os casos eram atendidos?

Foram tratadas 1.777 pessoas com covid-19. Dessas, 1.747 saíram curadas de lá até 7 de outubro. Apenas casos de baixa complexidade, em que o paciente estava em vias de receber alta, com sintomas respiratórios leves, eram encaminhados para lá. Apesar da dimensão do estádio, o hospital ocupava uma pequena área da estrutura. Por ali era ofertada, em leitos, a metade do que o Hran [Hospital Regional da Asa Norte]  oferece em UCI.

Manter o Hospital de Campanha do Mané Garrincha funcionando tinha um custo muito alto?

Somente um dos três contratos, o de gestão da saúde com a contratação de profissionais do atendimento, custou mais de R$ 13 milhões por mês aos cofres do GDF. Acontece que, pouco antes de ser fechado, o hospital tinha taxa de ocupação do hospital inferior a 30%. Se tivesse sido mantido, de outubro a março, com baixa procura e quando o número de infectados era inferior ao de hoje, teríamos um custo acumulado de R$ 65 milhões – mais do que a metade do custo de construção do Hospital Oncológico de Brasília, que está orçado em R$ 120 milhões.

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