Por Kleber Karpov
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta terça-feira (26/Ago) um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre um pedido da Polícia Federal (PF). A PF quer participar do monitoramento integral do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido da PF veio após Moraes ter determinado que a Polícia Penal do Distrito Federal fizesse o monitoramento do ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Em ofício, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, alertou que o sinal da tornozeleira pode falhar, o que permitiria “tempo hábil para que o custodiado empreendesse uma fuga”. Por isso, o diretor disse ser necessário que uma equipe de agentes da PF permaneça na casa de Bolsonaro por 24 horas.
“Havendo, em tese, intenção de fuga, necessário o acompanhamento in loco e em tempo integral das atividades do custodiado, do fluxo de veículos na residência e de vizinhos próximos, únicas medidas hábeis a minimizar, de forma razoavelmente satisfatória, tais riscos”, afirmou a PF.
Decisão às vésperas de julgamento
A decisão de Moraes de monitorar Bolsonaro com a polícia penal foi tomada após parecer favorável da PGR. O parecer da procuradoria foi enviado ontem ao STF. Isso ocorre às vésperas do julgamento do ex-presidente pelas acusações de trama golpista, que deve começar em 2 de setembro. O pedido inicial de monitoramento integral de Bolsonaro foi feito pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) ao diretor-geral da PF. Segundo o parlamentar, o aumento da vigilância é necessário para garantir a “aplicação da lei penal” e evitar uma possível fuga.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










