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06 dez 2025 03:44

Urologista do IGESDF aponta detecção precoce como principal estratégia contra câncer de próstata

Chefe do Serviço de Urologia do Hospital de Base projeta crescimento de novos diagnósticos até 2040 e reforça necessidade de rastreamento regular

Por Kleber Karpov

A detecção precoce permanece como a estratégia mais eficaz no enfrentamento ao câncer de próstata, tipo de tumor mais frequente entre a população masculina no Brasil. O alerta partiu do chefe do Serviço de Urologia do Hospital de Base, Bruno Pinheiro Silva, durante palestra realizada nesta quarta-feira (19/Nov). O especialista destacou projeções alarmantes sobre o aumento da incidência da doença nas próximas décadas.

Cenário epidemiológico

O urologista apresentou dados que evidenciam a urgência do rastreamento. As estimativas apontam para 71.730 novos casos no Brasil entre 2023 e 2025, com o registro de 48 óbitos diários em 2024. Projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que o número de diagnósticos deve dobrar até 2040 e atingir cerca de 140 mil registros anuais.

No recorte regional, o Distrito Federal apresenta a menor taxa de incidência do país, com 28,21 casos por 100 mil habitantes, enquanto a Bahia lidera com 79,42. O médico relatou ainda uma mudança comportamental positiva motivada pelas campanhas de conscientização. Segundo o especialista, o consultório registra um aumento anual de 20% a 30% na busca por exames.

Importância do diagnóstico

Segundo Silva, a identificação da patologia em estágios iniciais pode garantir até 90% de chance de cura. O cenário atual, contudo, revela que cerca de 60% dos tumores ainda recebem diagnóstico tardio no território nacional. A demora compromete a eficácia das intervenções terapêuticas e reduz as possibilidades de recuperação plena. “Nas fases iniciais, há grande probabilidade de cura. Já no estágio avançado, a cura é improvável e o tratamento é muito mais agressivo”.

Fatores de risco e exames

O médico observa que a idade constitui um fator preponderante, com aumento da incidência após os 50 anos. Homens negros e indivíduos com histórico familiar da doença integram o grupo de risco e devem iniciar o acompanhamento a partir dos 45 anos. A obesidade também atua como agravante e pode favorecer a progressão do câncer para estágios mais severos.

O rastreamento envolve a combinação do exame de sangue PSA e do toque retal. A doença costuma ser silenciosa nas fases iniciais. Sintomas como dificuldade para urinar, presença de sangue e dor óssea geralmente indicam quadros avançados. A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e atividades físicas, auxilia na redução da agressividade do tumor.




Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894 Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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