Por Kleber Karpov
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) manifestou, nesta quinta-feira (28/Ago), apoio às operações deflagradas pela Polícia Federal e Receita Federal, ao que classificou ser um “marco decisivo” para combater o crime organizado no setor de combustíveis e desmantelar estruturas financeiras vinculadas a essas organizações. Em comunicado, a Febraban ressaltou a essencialidade para identificar agentes do sistema financeiro a serviço do crime e combater as “assimetrias” regulatórias que permitem a atuação de novos players sem o devido rigor de controle. A entidade defende que a concorrência é bem-vinda, desde que em “condições de igualdade” e com um rigoroso padrão de integridade para todos.
Para a Febraban, as operações deflagradas pela Polícia Federal e pela Receita Federal, com o apoio de outros órgãos de persecução, representam um marco decisivo para o avanço da atuação do Estado brasileiro no combate ao crime organizado no país. Isso em decorrência da atuação que permitiu desvendar e desmantelar a teia da estrutura financeira da organização criminosa.
A Febraban ressaltou ainda ser, a operação, fundamental para identificar e segregar quais agentes do sistema financeiro estão ou não a serviço do crime organizado. A entidade observa a existência de um “desequilíbrio” entre a inovação no mercado e a segurança do sistema.Para a federação, o que torna essencial a investigação e a punição, com rigor, de instituições que se aproveitam de suas estruturas para atuar como veículos do crime organizado.
Diante da proliferação de instituições, autorizadas ou não a funcionar pelo Banco Central, a Febraban reiterou posição pública da expectativa de redução de prazo para que todas as instituições que oferecem serviços e produtos financeiros peçam autorização para funcionar. A entidade defende que “a concorrência é muito bem-vinda e é sempre saudável”, mas desde que ocorra em “condições de igualdade” em relação às regras de prevenção à lavagem de dinheiro.
A Febraban defende que os agentes da indústria financeira devem ser obrigados a ter uma política firme de integridade, com procedimentos, controles e ferramentas que possibilitem monitorar, identificar e comunicar operações suspeitas ou atípicas de seus clientes. Os bancos, segundo a federação, cumprem o marco regulatório e legal, e têm o dever de cooperar com o poder público, agregando inteligência, expertise e troca de informações no enfrentamento de crimes financeiros.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










