Por Kleber Karpov
Brasília recebe, desde segunda-feira (18/Ago), a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT), evento reúne centenas de conselheiras e conselheiros de saúde de todo o país segue até 21 de agosto. A iniciativa do Ministério da Saúde (MS) tem foco na participação social e busca promover o debate sobre uma nova agenda para a saúde no ambiente laboral, de modo debater e deliberar sobre diretrizes relaionadas aos desafios como as novas tecnologias e a violência no trabalho. A fragilidade da legislação trabalhista e o aumento de doenças relacionadas ao trabalho também são destaques na pauta dos debates.
Durante a abertura do evento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha fez um destaques dos avanços relacionados à promoção da saúde dos trabalhadores, em especial, após 11 anos de interrupção das discussões do tema em uma conferência nacional. Padilha comentou ainda sobre a habilitação novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), em todo país. “Estamos habilitando 17 novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), passando a somar 243 em todo o Brasil. Também reajustamos em 100% o repasse financeiro realizado pelo governo federal para os centros passando de R$ 80 milhões para R$ 160 milhões por ano”.
Fragilidade trabalhista em debate
A representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernanda Magano, referenciou a fragilização das relações trabalhistas, em decorrência da reforma trabalhista, que consequentemente “fragilizou a CLT” como um dos grandes desafios da agenda. Fernanda Magano citou ainda a necessidade de fortalecer os Cerests, além da vigilância em saúde. “Destacamos a saúde como Direito Humano e esta é uma construção política, um local de luta por direitos tantas vezes violentados”, afirmou.
Apoio da Saúde do DF
Ao longo do evento, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) ofertou um serviço de atendimento psicossocial aos conferencistas, em sala de acolhimento preparada pela Subsecretaria de Saúde Mental (Susam) da SES-DF, para a realização da escuta ativa de participantes que enfrentam quadros de ansiedade, depressão ou outro sofrimento psíquico. Um posto de vacinação e Práticas Integrativas em Saúde (PIS) também foram disponibilizados aos presentes.
Para a subsecretária da Susam, Fernanda Falcomer, a iniciativa é de extrema relevância, por qualificar e humanizar os serviços oferecidos ao cidadão. “Ter uma equipe especializada em escuta ativa é uma forma de qualificar e humanizar os serviços oferecidos ao cidadão.”
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










