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05 maio 2024 20:27


Brasília recebe o maior evento do país de câncer na mulher com os temas mais atuais em tumores mamários e ginecológicos

Nos dias 25 e 26 de novembro, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) realiza, simultaneamente, o Congresso Brasileiro de Câncer na Mulher e III Congresso de Oncoginecologia, em Brasília, com 152 palestrantes, incluindo convidados internacionais de instituições do Canadá, Estados Unidos e Portugal

Cirurgia em câncer de mama, incluindo as técnicas profiláticas (preventivas/redução de risco) para pacientes com mutação hereditária; os avanços em oncoplástica (reconstrução das mamas); extensão do esvaziamento por cirurgia definida pela pesquisa do linfonodo sentinela; assim como o papel atual da cirurgia minimamente invasiva e robótica nos tumores ginecológicos; indicações e resultados obtidos com a técnica de quimioterapia intraoperatória hipertérmica (HIPEC), são alguns dos muitos temas que compõem a programação científica do Congresso Brasileiro de Câncer na Mulher e III Congresso de Oncoginecologia, que acontecem, simultaneamente, nos dias 25 e 26 de novembro no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. A organização é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

O cirurgião oncológico e presidente da SBCO, Héber Salvador, comenta que a escolha por Brasília para sediar este evento foi inspirada no Plano de desenvolvimento de Juscelino Kubitschek como Capital moderna, planejada e inovadora, o que reflete os ideais da entidade. “Com a realização na capital federal nós almejamos também estreitar o envolvimento do poder público nas discussões sobre as novas tecnologias e inovações em Oncologia e com isso, por meio do advocacy, tornar as abordagens terapêuticas mais acessíveis às pacientes”, ressalta Salvador.

O evento reúne 152 palestrantes, das cinco regiões do país, incluindo cirurgiões oncológicos, radio-oncologistas, oncologistas clínicos, médicos patologistas, radiologistas, geneticistas, nutricionistas, ginecologistas, mastologistas, fisioterapeutas, psico-oncologistas, dentre outras profissionais de saúde e representantes de organizações não governamentais. O evento surgiu a partir da agregação das Neoplasias da Mama ao Congresso de Oncoginecologia, que já era realizado pela SBCO. Essa estratégia visa valorizar o diagnóstico e tratamento de forma multidisciplinar dos cânceres mais prevalentes no público feminino. Haverá uma sala especialmente dedicada à discussão do papel da radioterapia no tratamento do câncer na mulher.

“A SBCO entende a necessidade do cuidado integrativo da mulher. Tivemos a preocupação de – além de incluir temas gerais e atuais sobre cirurgia, radioterapia e tratamento sistêmico – abrir espaço para a discussão sobre sexualidade e câncer, controle de eventos do climatério, atividade física e estilo de vida, maternidade e temas afins”, informa a cirurgia oncológica Viviane Rezende, presidente da Comissão Organizadora do evento e presidente da SBCO na Regional Brasília.

Com este evento, a SBCO também propõe avaliar as políticas públicas desenvolvidas pelo Estado brasileiro, evidenciar projetos desenvolvidos por empresas e organizações não governamentais e mostrar como as pesquisas sobre o câncer na mulher têm potencial de melhorar a qualidade de vida das brasileiras. “Estamos trazendo as últimas atualizações sobre o diagnóstico e o tratamento, de forma multidisciplinar, dos cânceres mais prevalentes na mulher, com um olhar integrado e centrado nas pacientes diagnosticadas com estes tumores. Como em outras áreas da Oncologia, as opções de cuidado interdisciplinar das neoplasias da mulher avançam rapidamente e a SBCO entende que é muito importante manter todos os profissionais dedicados a esta área na mesma página de atualização científica”, ressalta Héber Salvador, presidente da SBCO.

Entre os participantes, estão seis convidados de instituições internacionais: Joaquim Abreu, diretor do Departamento de Cirurgia do Instituto Português de Oncologia do Porto e presidente do Setor de Oncologia Cirúrgica da Sociedade Portuguesa de Oncologia; Kelly Hunt, diretora de Cirurgia Oncológica de Mama e Professora Onco-Radiologia do MD Anderson Cancer Center e presidente da Sociedade Americana de Radioterapia e presidente-eleita da Sociedade de Cirurgia Oncológica dos Estados Unidos (SSO); Lucy Gilbert, professora do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Departamento de Oncoginecologia do da Universidade McGill, no Canadá; a mastologista, mestre em ciências da saúde pela USP e doutoranda em Oncogenética no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, Natália Polidoro, que falará como pesquisadora do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, dos Estados Unidos, onde está realizando fellowship; o brasileiro Nucélio Lemos, Professor Associado do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade de Toronto e Professor Afiliado e Chefe do Setor de Neurodisfunção Pélvica do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e Oliver Zivanovic, gineco-oncologista, atuante no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center e Professor Associado do Weill Cornell Medical College, nos Estados Unidos.

Cirurgia e tecnologia – O avanço tecnológico no tratamento de câncer ginecológico é um dos temas centrais do congresso. Viviane Rezende ressalta que a cirurgia minimamente invasiva e a utilização de robôs no centro cirúrgico são exemplos da aliança entre tecnologia e promoção de saúde. A cirurgia robótica para tumores ginecológicos é indicada, principalmente, nos casos diagnosticados precocemente. O procedimento pode ter diferentes objetivos: desde cirurgias estadiadoras (indicada principalmente em câncer de ovário, para avaliar se há outros órgãos comprometidos além do ovário), biópsias e cirurgias com intuito curativo.

“A vantagem da cirurgia minimamente invasiva é indiscutível. Ela propicia recuperação pós-operatória mais rápida e consequente retorno às atividades laborais, redução da cicatriz cirúrgica, além da diminuição da dor e do uso de analgésicos. Nas cirurgias robóticas, destaque para a ergonomia para o cirurgião, maior precisão pela visão tridimensional e redução de perda sanguínea”, explica Viviane Rezende.

Além da organização geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, o evento conta com apoio da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Associação Brasileira Multiprofissional em Oncologia (SBRAMO), Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Instituto Projeto Cura, Grupo Brasileiro de Estudos em Câncer de Mama (GBECAM) e Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA).

Confira os temas que serão trazidos em Mama e Tumores Ginecológicos

Mama

  • Biologia tumoral e genética das neoplasias mamárias
  • Cirurgia pós neoadjuvância: mama e axila
  • Hormonioterapia neo e adjuvante
  • Imagem no diagnóstico e estadiamento do câncer de mama
  • Imunoterapia no tratamento do câncer de mama triplo negativo: neoadjuvância e doença metastática.
  • Inibidores CDK 4/6 nos cenários metastático e adjuvante
  • Mastectomia profilática
  • Novas terapias-alvo na doença BRCA mutada: olaparibe e capecitabina
  • Novos alvos para o tratamento sistêmico do câncer de mama
  • Painel genético e hereditário
  • Prevenção primária e secundárias das neoplasias mamárias
  • Radioterapia: indicações/quando omitir/novas opções
  • Reabilitação pós-tratamento do câncer de mama
  • Reconstrução mamária/oncoplástica
  • Status atual do esvaziamento e da pesquisa do linfonodo sentinela
  • Terapias Anti-HER (Trastuzumabe Duroxtecano). Como sequenciar e incluir novos agentes.
  • Tratamento cirúrgico do câncer de mama – avaliação e manejo
  • Tratamento cirúrgico em pacientes mutadas: situação atual

Oncoginecologia

  • Atividade física e estilo de vida – Impacto na Mulher com Câncer
  • Avaliação genética das pacientes com tumores ginecológicos
  • Biópsia Líquida – Evidências e Perspectivas no Câncer da Mulher
  • Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica nos Tumores Ginecológicos
  • Classificação molecular dos cânceres ginecológicos
  • Impacto Social na Mulher com Câncer
  • Nutrição e cuidado Perioperatório
  • Oncogeriatria – Garantindo o melhor cuidado para a mulher idosa
  • Oportunidades em pesquisa no Câncer da Mulher no Brasil
  • Papel dos exames de imagem nos tumores ginecológicos – Diagnóstico, estadiamento, ressecabilidade e tratamento
  • Quimioterapia Intraoperatória Hipertérmica – HIPEC – Indicações, resultado e técnica
  • Sobrevivi ao Câncer – Reabilitação e Cuidado Global
  • Terapia alvo no Câncer de Ovário – A terapia de manutenção veio para ficar?
  • Uso de energia – Otimizando os resultados da cirurgia minimamente invasiva nos tumores
  • Vacina do HPV – Plano de ação para ampliar a cobertura nacional

SERVIÇO

 



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