Por Kleber Karpov
Em decorrência do baixo estoque de sangue, a Fundação Hemocentro Brasília (Hemocentro), recomendou aos hospitais públicos do DF, na segunda-feira (29/Abr), a suspensão de realização de cirurgias eletivas. Conforme PDNews adiantou, em reportagem publicada na segunda-feira (29/Abr), o Hemoncentro contava com apenas 37% do estoque ideal para abastecer unidades de saúde do DF.
Segundo informações, adiantadas pelo portal Metrópoles, neste sábado (4/Abr)(Veja Aqui), ofício encaminhado pelo Hemocentro ponderou a necessidade de suspensão das cirurgias eletivas, ao menos, até 4 de maio. Isso, em decorrência do “agravamento da situação de contingência nos estoques de hemocomponentes – concentrados de hemácias”.
“Neste momento, torna-se imperiosa a recomendação aos serviços abastecidos pela FHB [Fundação Hemocentro de Brasília] para que, dentro das possibilidades, suspendam até 04/05/2024 os procedimentos eletivos […]. Essa medida visa garantir o abastecimento de hemocomponentes para atender as transfusões de urgência e emergência, mitigando os riscos para assistência efetiva a esses pacientes e para a segurança transfusional”, completa a circular.
Suspensão de cirurgias
A reportagem do Metrópoles aponta que a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), aponta normalidade nas realizações de procedimentos cirúrgicos. Realidade essa que não ocorre, por exemplo, no Hospital Universitário de Brasília (HuB). Segundo a unidade de saúde, houve a necessidade de suspender três cirurgias, em decorrência da necessidade de haver estoque de sangue de retaguarda.
“O HUB-UnB/Ebserh também incentivou os trabalhadores aptos a doarem sangue, para ajudar a aumentar o estoque do Hemocentro. Após a regularização, essas cirurgias que foram suspensas serão priorizadas”, disse, em nota.
Mais consumo, menos doadores
Na reportagem de PDNews, o Hemocentro apontou a epidemia de dengue, como um vilão em relação aos baixos estoques de sangue e hemocomponentes no DF. De um lado, os casos graves da doenças, demandam alto consumo de plaquetas. Por outro, a quantidade de doares reduziu significativamente.
Isso porque, quem teve a doença, fica impedido de fazer doação de sangue, conforme lembrou recentemente, a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro, Kelly Barbi. “Quem teve a doença não pode doar num prazo de 30 dias e quem contraiu dengue hemorrágica, fica inapto por seis meses. Então, temos um aumento na quantidade de procedimentos, de pessoas precisando do sangue, e a diminuição na quantidade de potenciais doadores”, disse.
Doe sangue
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Em caso de dengue, é necessário aguardar 30 dias após o fim dos sintomas para se candidatar à doação de sangue. Para quem teve dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses. Se você teve contato sexual com pessoas que tiveram dengue nos últimos 30 dias, é preciso esperar 30 dias desde a última relação para doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve Covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/Universidade de São Paulo (USP);
Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
