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26 abr 2024 05:00


Especialistas do HRAN estudam uso de nitazoxanida em pacientes com pneumonia grave causada por Covid-19

O objetivo é avaliar o efeito do medicamento nos pacientes acometidos pelo coronavírus

Por Jurana Lopes

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade de referência no atendimento de pacientes com o novo coronavírus (Sars-CoV-2), possui um grupo de profissionais envolvidos no desenvolvimento de novas estratégias no combate à Covid-19.

Além do trabalho desenvolvido no atendimento a inúmeros pacientes graves, os especialistas também participam em diversos ensaios multicêntricos na busca de soluções pautadas no conhecimento científico.

Um desses estudos que estão sendo desenvolvidos no Hran é o dos efeitos da terapia com nitazoxanida em pacientes com pneumonia grave causada pela doença. O estudo tem o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações. O objetivo é avaliar o efeito do medicamento nos pacientes acometidos pelo coronavírus.

“Este estudo tem como a meta investigar, em pacientes com Covid-19, se a administração precoce deste remédio reduz a progressão da doença, sua gravidade e mortalidade”, explica a infectologista do Hran, Joana D’Arc Gonçalves.

De acordo com a médica, a nitazoxanida é usada principalmente como antiparasitária. Porém, recentemente, foi evidenciado seu efeito contra diversos vírus, como o da Influenza e o coronavírus responsável pela pandemia chamada MERS em 2008.

Eficácia

A droga foi testada clinicamente em pacientes com gripe e demonstrou melhora dos sintomas quando administrada o mais precoce possível.

“Existem indícios encontrados em laboratório e em estudos clínicos com outras doenças respiratórias virais que indicam que a nitazoxanida possa ter efeitos benéficos para a pneumonia causada pela Covid-19”, informa.

O estudo envolverá 500 pacientes nos próximos seis meses para testar o fármaco. Na avaliação de Joana D’Arc, o Hran está constituído por uma equipe que não mede esforços para promoção de evidências científicas que melhor atendam ao paciente e aos servidores no exercício da profissão nesse período árduo da pandemia.

“Sabemos das limitações estruturais crônicas e do déficit de recursos humanas, contudo, não nos acovardamos e seguimos lutando por dias melhores”, conclui.

Fonte: Agência Brasília

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