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05 dez 2025 07:07

Pneumologista revela mitos sobre a asma

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que cerca de 20 milhões de brasileiros têm asma, e que a doença é a 3ª maior causa de hospitalização no Sistema Único de Saúde (SUS)

Respirar é um movimento tão natural que a maioria das pessoas está acostumada a fazê-la sem esforço ou pensamento consciente. No entanto, um ato aparentemente simples, e essencial para a nossa sobrevivência, pode ser muito mais complexo para pessoas asmáticas, que são obrigadas a conviver com falta de ar, chiado ao respirar e sensação de aperto no peito, além de tosse frequente e prolongada.

De acordo com o pneumologista Ricardo Martins, do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), gerenciado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a asma é uma inflamação crônica das vias aéreas, e que pode ser influenciada tanto por fatores genéticos quanto ambientais.

“Pessoas com o diagnóstico de asma dispõem de uma grande variedade de medicamentos inalatórios, os quais, se adequadamente utilizados, deixam a maioria dos pacientes livres de exacerbações”, esclarece. “Para os casos mais graves, há medicamentos imunobiológicos eficazes para controlar a doença”.

É comum o surgimento de desinformação que passa uma visão errada sobre a doença, dificultando a qualidade de vida da população asmática e, muitas vezes, colocando-a em risco. Nesta entrevista, Ricardo analisa afirmações comuns e desvenda se são mitos ou verdades:

A asma começa na infância e se cura na vida adulta

Mito. A asma é uma doença crônica que tem tratamento, mas não cura. Não é possível prognosticar o comportamento da doença nos pacientes, embora alguns deixem de apresentar sintomas. E mesmo nos casos em que os sintomas desaparecem, o paciente continua sendo considerado asmático e deve continuar em acompanhamento.

Utilizar umidificador auxilia no tratamento e nos sintomas de asma.

Mito. O umidificador, desde que usado com as normas de segurança estabelecidas pelo fabricante, é um importante meio para amenizar o ambiente nos períodos de seca em Brasília. É sabido que a baixa umidade agrava a função respiratória mesmo de pessoas sem problemas de saúde.

Todo mundo que tem asma precisa usar a “bombinha”.

Mito. As medicações inalatórias são o melhor meio para tratar a asma e a maioria dos pacientes que aderem ao tratamento tem uma vida normal igual a das pessoas que não tem a doença, mas é de suma importância seguir a orientação médica quanto ao tratamento mais adequado para cada caso.

O uso contínuo da bombinha causa vício e ataca o coração.

Mito. O uso da medicação inalatória não causa vício, mas precisa ser usada diariamente para que se obtenha eficácia. Os substratos principais dessa medicação são os corticoides, que, nas doses prescritas e com os cuidados indicados pelo médico assistente do paciente, pouco causam efeitos colaterais. A correlação que se faz com riscos cardíacos é para aqueles pacientes que abusam de medicações usadas para o alívio imediato da crise e que não seguem o tratamento prescrito por seu médico ou porque não são acompanhados por algum serviço médico ambulatorial.

Quem tem asma não pode praticar atividades físicas.

Mito. Pelo contrário, recomenda-se a prática de exercícios físicos para o melhor controle da doença, desde que o paciente esteja fora da fase de exacerbação da doença.

Ingerir alimentos e bebidas gelados provocam crise ou piora da asma.

Verdade. Alguns pacientes podem apresentar exacerbação de asma em contato com bebidas geladas.

A asma pode ser causada por insônia.

Mito. Alguns pacientes com asma podem ter quadros de ansiedade, estes é que são os responsáveis pela insônia.

Mulheres asmáticas devem evitar engravidar.

Mito. Não, se a doença estiver bem controlada. Ao receber o diagnóstico de gravidez, a gestante deve procurar o pneumologista para que este faça o tratamento em conjunto com o obstetra. Estando a doença controlada, nada há a temer no que diz respeito à evolução da gravidez.

Rede Ebserh

O HUB-UnB faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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