Por Kleber Karpov
Após enfrentar uma epidemia de dengue em 2024, os hospitais geridos pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) intensificam a vigilância e o monitoramento de doenças virais transmitidas por mosquitos. No Hospital de Base (HBDF), a equipe de Vigilância Epidemiológica atua diariamente na busca ativa por casos suspeitos, analisando prontuários e resultados de exames. A chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HBDF, Thaynara Souza, explica a formação de uma força-tarefa para identificar precocemente os casos, notificá-los imediatamente e garantir uma resposta rápida.
Avanços da imunização
A chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HBDF, Thaynara Souza, destaca que a proteção oferecida pela vacina já apresenta resultados positivos. No HBDF, a equipe observa uma queda nos atendimentos e nas internações graves em 2025, na comparação com o ano anterior. A vacina contra a dengue foi incluída no Sistema Único de Saúde (SUS) e, inicialmente, é destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Maria Elena, chefe substituta do núcleo, atribui a redução dos casos de dengue também a ações educativas. As ações são promovidas em parceria com escolas, o Corpo de Bombeiros, equipes de limpeza urbana e outros órgãos. A chefe substituta do núcleo, Maria Elena, também destaca que outras doenças, como chikungunya e febre amarela, estão no radar das equipes. A vacina contra a febre amarela está disponível no SUS, e a expectativa é que novas imunizações contra essas infecções transmitidas por mosquitos sejam incorporadas ao calendário nacional nos próximos anos.
Ferramenta de monitoramento
Em março de 2024, o IgesDF lançou um painel de monitoramento da dengue para ajudar os gestores a entenderem o perfil dos pacientes atendidos. A ferramenta tem facilitado o planejamento de ações, embora ainda não esteja integrada a todos os núcleos, como o do Hospital de Base. No Hospital Regional de Santa Maria, a chefe substituta do núcleo, Maria Elena, relata que a dengue foi a doença viral transmitida por mosquitos mais frequente, com 2.103 notificações em 2024 e 164 até agosto de 2025. Para atender à demanda, a unidade montou tendas de acolhimento, criou um pronto-atendimento exclusivo para sintomas de dengue e disponibilizou testagem rápida.
A importância da participação da população
Marlon Ygor, de 29 anos, relata que já teve dengue e precisou de atendimento público. Ele destaca que, mesmo vacinado, continua vigilante em casa, verificando se há água parada ou algum foco que possa servir de criadouro para o mosquito. Entre as inovações que vêm sendo implementadas no Distrito Federal, está o uso do Aedes aegypti infectado com a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão dessas doenças.
No Dia Mundial de Combate aos Mosquitos, o IgesDF reforça que a prevenção começa com atitudes simples, como eliminar focos de água parada, e se fortalece com políticas públicas bem estruturadas e a participação de todos.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










