Por Kleber Karpov
Os programas de proteção coordenados pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) encerram o ano de 2025 sem registros de feminicídio entre as mulheres assistidas. A marca consolida a eficiência do monitoramento preventivo, que resultou na prisão de 64 agressores no decorrer do ano após o descumprimento de medidas protetivas de urgência.
Ao todo, 1.887 pessoas receberam acompanhamento dos programas Viva Flor e Dispositivo de Proteção à Pessoa (DPP) em 2025. A Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) manteve vigilância 24 horas sobre 506 agressores e 619 vítimas. A tecnologia de georreferenciamento permite identificar violações de áreas de exclusão em tempo real.
As prisões ocorreram imediatamente após o sistema acusar a aproximação indevida dos agressores. O trabalho integrado entre a SSP-DF e a Polícia Militar (PMDF) garante que o socorro chegue às vítimas antes da consumação de novas agressões.
“O enfrentamento à violência contra a mulher exige tecnologia, integração e decisão política. As prisões realizadas em 2025 mostram que o DF está avançando”, disse a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.
Tecnologia e inovação
O sistema utiliza tornozeleiras eletrônicas nos agressores e dispositivos de alerta para as vítimas. No caso do Viva Flor, as mulheres utilizam um aplicativo ou dispositivo móvel que oferece canal direto com o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Uma nova sala de operações, inaugurada em 2024, ampliou a capacidade de atendimento e implementou um chat para envio de áudios e fotos em tempo real.
A proteção deve ser solicitada via decisão judicial e conta com o aceite da vítima. Desde 2021, quando a DMPP foi criada, o GDF não registra violações da integridade física de mulheres inseridas nestes protocolos de segurança.
Expansão do atendimento
O programa Viva Flor expandiu sua atuação para delegacias circunscricionais em 2025. O serviço, anteriormente restrito às Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams), agora está disponível em regiões como Paranoá, Planaltina, Gama, Santa Maria e Brazlândia.
A descentralização permite que a vítima saia da delegacia já com o monitoramento ativo. Segundo a subsecretária de Prevenção à Criminalidade, Regilene Siqueira, a medida reduz o tempo de resposta do Estado e devolve a dignidade e a segurança para a retomada da rotina das mulheres.
Delegacias que oferecem o serviço
• Deam I e II — Asa Sul e Ceilândia
• 6ª DP — Paranoá
• 16ª DP — Planaltina
• 18ª DP — Brazlândia
• 20ª DP — Gama
• 27ª DP — Recanto das Emas
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.











