Por Kleber Karpov
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a adesão da Rede D’Or ao programa Agora Tem Especialistas nesta segunda-feira (22/Dez), no Rio de Janeiro. A medida deve garantir a realização de cerca de 100 cirurgias cardiológicas anuais para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais Glória D’Or e Niterói D’Or. O governo federal deve investir R$ 3,6 milhões para acelerar o atendimento especializado e reduzir filas de espera por meio da integração da infraestrutura de unidades privadas.
Revascularização e regulação
O governo federal deve investir recursos anuais para o reforço da rede pública estadual fluminense. Em 2025, o montante destinado a atendimentos adicionais no SUS deve ultrapassar R$ 150 milhões em todo o país. A estimativa da pasta é que o valor total deve chegar a R$ 200 milhões por ano a partir do início de 2026. Como contrapartida, os hospitais participantes devem utilizar créditos financeiros para quitar tributos federais vencidos ou a vencer.
O repasse mensal de R$ 300 mil deve focar em cirurgias de revascularização do miocárdio, consideradas fundamentais para prevenir infartos. O encaminhamento dos pacientes deve ficar sob a responsabilidade das secretarias municipais de saúde do Rio de Janeiro e de Niterói. O processo deve respeitar os critérios técnicos das centrais de regulação para garantir a equidade no acesso aos procedimentos em 22 de dezembro.
“Com esse contrato, a gente garante equipes especializadas, equipamentos e todos os insumos para que brasileiros e brasileiras recebam esse atendimento sem precisar esperar meses pelo procedimento”, disse Alexandre Padilha.
Pesquisa e formação profissional
A cooperação institucional deve abranger a área de ciência e tecnologia por meio de uma carta de intenção com o Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa. O acordo deve focar em pesquisas clínicas, neurociências e oncologia para o desenvolvimento de novas terapias. Alexandre Padilha também assinou um compromisso com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia para mapear a carência de profissionais no país. A meta deve envolver a qualificação de 300 novos anestesiologistas.
O programa federal conta agora com 28 hospitais parceiros em diversas regiões do território nacional. O Ministério da Saúde prioriza o atendimento em sete áreas fundamentais, como oncologia, cardiologia e ortopedia. A utilização de leitos e centros cirúrgicos do setor privado deve otimizar os recursos públicos e oferecer suporte às demandas reprimidas. As primeiras intervenções na rede devem ter início em janeiro de 2026.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.












