Por Kleber Karpov
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF) expandiu o serviço de Teleconsulta para a recém-inaugurada UPA de São Sebastião (03/Nov), levando atendimento médico remoto para pacientes de menor gravidade e desafogando o fluxo de emergências. O serviço, que conecta médicos a pacientes classificados com pulseira verde por meio de plataforma digital, já registrou 8.872 atendimentos entre maio e outubro de 2025 nas unidades em que foi implementado. A expansão acontece com o propósito de modernizar e agilizar o acesso à saúde pública.
O atendimento via tela se mostrou rápido e eficiente para a assistente Istêfany Araújo, de 20 anos, que procurou a UPA de São Sebastião nesta segunda-feira com intensa dor de cabeça. “Foi ótimo, rápido e prático. O doutor conversou comigo pela tela, fez as perguntas e a equipe daqui me ajudou em tudo”, relatou a paciente.
Tecnologia para eficiência e resolutividade
Com a inclusão da UPA de São Sebastião, o serviço de Teleconsulta está agora disponível em seis unidades da rede do IGESDF. O projeto é coordenado pelo Núcleo de Inovação e Saúde Digital (NUSAD) e representa um avanço na área de saúde pública do Distrito Federal. Durante o teleatendimento, a equipe presencial da UPA acompanha cada etapa da consulta.
“Cada ampliação do serviço é resultado de um planejamento cuidadoso, que considera indicadores clínicos, estrutura física e a resposta da população. Nosso objetivo é consolidar a teleconsulta como estratégia de acesso e continuidade do cuidado no SUS”, explicou Lira, diretor de Atenção à Saúde do Instituto.
O impacto nos resultados
Desde o início da implantação da Teleconsulta, a UPA do Gama lidera os atendimentos com 2.799 consultas realizadas, seguida pelas unidades de Vicente Pires, com 2.444, e Ceilândia II, com 2.360. As unidades de Ceilândia e Samambaia registraram 685 e 567 consultas, respectivamente.
Os resultados demonstram a alta resolutividade da modalidade: o índice médio de conversão para atendimento presencial é de 10,1%, valor considerado dentro do padrão esperado. Na UPA de Samambaia, o percentual de conversão chegou a 12%, indicando que a grande maioria dos casos é resolvida já durante a teleconsulta. O tempo médio de espera para o atendimento remoto, que fica entre trinta e quarenta minutos, representa um avanço frente à alta demanda comum das unidades de urgência e emergência.
Visão estratégica
O modelo de teleatendimento promove, conforme o Instituto, uma gestão mais inteligente dos fluxos assistenciais e melhora o aproveitamento das equipes médicas.
“Estamos modernizando o acesso, unindo inovação e tecnologia. A teleconsulta permite reduzir filas e oferecer cuidado imediato, com mais agilidade e eficiência no serviço público de saúde”, afirmou Monteiro, presidente do IGESDF.
O Instituto planeja expandir o projeto para novas unidades, após o avanço em São Sebastião. A gerente da Gerência de Comando Estratégico, Lillian Santos, detalhou a gestão do projeto, que é monitorada pelo Núcleo de Inovação e Saúde Digital (NUSAD) por meio de painéis integrados.
“A meta é acolher os pacientes de forma imediata, dar conduta para cada caso agudo e incentivar o acompanhamento contínuo na atenção primária”, completou Lira. “Prevê-se a expansão desse acompanhamento para toda a rede, facilitando a jornada do paciente no SUS e promovendo maior integração e eficiência assistencial”, finalizou Santos.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










