Por Kleber Karpov
O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer um novo teste de biologia molecular para a detecção do papilomavírus humano (HPV), principal causador do câncer de colo do útero. O exame DNA-HPV, destinado a mulheres de 25 a 64 anos, é mais sensível que o tradicional Papanicolau e permite um rastreamento mais eficaz, com a possibilidade de realizar o exame a cada cinco anos, em caso de resultado negativo.
Com a nova estratégia, o Papanicolau será utilizado para confirmar os casos em que o teste molecular aponte resultado positivo para o HPV. A mudança visa ampliar o acesso ao diagnóstico e alinhar o Brasil às metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a eliminação da doença.
Alta precisão
O novo teste é capaz de detectar 14 genótipos do HPV antes mesmo do surgimento de lesões ou do câncer em estágio inicial, mesmo em pacientes sem sintomas. A coleta do material é semelhante à do Papanicolau, mas a amostra é colocada em um tubo com líquido conservante para análise do DNA do vírus em laboratório, o que garante maior precisão diagnóstica.
Vantagens do novo método
Além da maior sensibilidade, o teste DNA-HPV oferece um intervalo de rastreamento mais longo. Enquanto um resultado negativo no Papanicolau recomenda nova coleta em três anos, o novo teste estende esse prazo para cinco anos. Essa mudança aumenta a eficiência do programa, reduz custos e diminui a necessidade de intervenções desnecessárias. A tecnologia também facilita o acesso para mulheres em áreas remotas ou com menor oferta de serviços de saúde.










