O mês de agosto chegou, e com ele, a combinação de períodos extensos sem chuvas com baixa umidade relativa do ar. Na segunda-feira (5/8), o Inmet registrou o dia mais seco do ano no Distrito Federal, e a tendência é o aumento gradativo de temperaturas associado à queda de umidade, prejudicando a saúde e o bem-estar.
Segundo o pneumologista Ricardo Martins, do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o clima seco favorece o surgimento e a potencialização de doenças respiratórias, sobretudo as de origem alérgica e infecciosa. “Isso acontece porque as mucosas costumam ressecar e inflamar, tornando-se mais vulneráveis”, esclarece.
Ainda de acordo com o médico, a baixa umidade acarreta alterações significativas no meio ambiente, como a concentração de névoa seca, o que gera acúmulo de poeiras em suspensão, fumaça dos automóveis e partículas oriundas das queimadas, prejudicando a qualidade do ar. “Viver num ambiente de baixa concentração de água e de alta concentração de partículas poluentes no ar que respiramos têm múltiplos efeitos negativos no corpo humano. Entre eles estão a instabilidade da pressão arterial, o sangramento nasal, a conjuntivite, dores de cabeça, e sensações de desânimo, fraqueza e mal-estar. Também ocorre o aumento da perda de água pela via respiratória, o ressecamento da via aérea respiratória, e a formação de crostas no trato respiratório”.
Para minimizar os impactos do clima seco no organismo é necessário adaptar a rotina, tanto em casa quanto no trabalho e na escola, para priorizar a hidratação e a saúde respiratória. “As principais medidas recomendadas são umidificar ambientes internos, aumentar a ingestão de água e de sucos de frutas naturais, usar cremes hidratantes para a pele e soro fisiológico para narinas e conjuntivas”, reforça Ricardo.
Além disso, o pneumologista indica manter uma alimentação saudável, com baixo teor de sódio; evitar exercícios físicos das 9h às 17h; e manter o uso de ar-condicionado em temperaturas acima de 22ºC.
Rede Ebserh
O HUB-UnB faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.










