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26 abr 2024 02:53


Secretário de Saúde faz apelo à população para se prevenir contra a Covid-19

Aumento da taxa de transmissão da doença em 30 regiões administrativas acende alerta para segunda onda no DF

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, fez um apelo à população do Distrito Federal para que todos continuem tomando as medidas de proteção contra a Covid-19, especialmente agora, em que a taxa de transmissão da doença aumentou em 88% das regiões administrativas. O alerta foi feito nesta segunda-feira (30), durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Buriti sobre as ações para enfrentar uma possível segunda onda do novo coronavírus no DF.

“As pessoas têm que tomar as devidas medidas de proteção contra o coronavírus, que é evitar aglomerações, utilizar a máscara, lavar as mãos utilizando água e sabão e, também, o uso do álcool em gel. Isso é muito importante para que possamos evitar a propagação das transmissões aqui no Distrito Federal”, alertou o secretário de Saúde.

As medidas são essenciais para combater o avanço do vírus. Conforme os dados apresentados pela Secretaria de Saúde, a taxa de transmissão da Covid-19, calculada até a última sexta-feira (27), subiu de 1 para 1,3. Isso indica a expansão da transmissão da doença no DF. Os dados foram captados do Lacen, laboratórios privados e sistemas oficiais do Ministério da Saúde.

“Quando falamos que o índice de transmissão passou para 1,3, observamos que das 34 regiões administrativas do DF, nós tivemos 30 delas com aumento na transmissibilidade. Essa média observada de 1,3 que trouxe essa preocupação a todos nós”, informou Okumoto. “Aqui o nosso momento é de alerta”, ressaltou.

Para o secretário, houve um “relaxamento por parte da população”, em especial, dos jovens que frequentam bares, casas noturnas e, muitas vezes, compartilham copos e narguilés. Isso foi um dos fatores que contribuiu para o aumento da taxa de transmissão.

“Solicito mais uma vez à população: tome cuidado. Às vezes, quando falamos que a transmissão tem acontecido muito entre os jovens neste momento, observamos que os pais e avós têm que passar essa informação a eles, porque são essas pessoas que, ao retornar às casas, trazem o vírus e o transmitem às pessoas idosas. Isso nos preocupa muito”, revelou.

Na avaliação do diretor de Vigilância Epidemiológica da pasta, Cássio Peterka, com o aumento da taxa de transmissão “há chance de retomada do crescimento de casos da Covid-19”.

Apesar da Secretaria de Saúde já ter informações científicas mais sólidas em comparação com o início da pandemia, quando tudo era novidade, Cássio destacou que “a prevenção e controle da doença ainda dependem de medidas como distanciamento social, lavagem das mãos, uso de máscaras e álcool em gel”. Principalmente porque ainda não há uma vacina disponível à população.

Tratativas iniciais

De acordo com Osnei Okumoto, ações de prevenção serão promovidas pela Secretaria de Saúde e pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para evitar a disseminação da Covid-19 na população. Apesar de um lockdown não ter sido descartado em caso de uma segunda onda, o secretário de Saúde informou que tratativas iniciais já estão sendo feitas com o comércio para estimular práticas de enfrentamento ao coronavírus.

“Vou me reunir com a Fecomércio e com sindicatos relacionados ao comércio do DF, para que possamos promover ações de prevenção, e de informação, em relação a transmissão do Covid-19 no Distrito Federal”, informou. “Queremos fazer uma mobilização muito grande aqui, para termos um Natal e um Ano Novo muito mais confortáveis do que o atual momento”, completou.

Ao mesmo tempo, um inquérito epidemiológico terá início em Ceilândia, na próxima quarta-feira (2/12), para avaliar a circulação da Covid-19 no local, que teve a maior quantidade de casos confirmados da doença em todo o DF. A ideia é que todas as 34 regiões administrativas também sejam atendidas.

Enquanto isso, caso alguém seja testado positivo para a doença, deve respeitar o isolamento de 14 dias. As 172 unidades básicas de saúde (UBSs) estão abertas para atender os pacientes que tenham sintomas da Covid-19. Em casos mais graves, como dificuldade respiratória, os enfermos serão transferidos para os hospitais.

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