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05 dez 2025 16:49

Temporada de gripe pode agravar crises de asma; veja como evitar

Doenças respiratórias são responsáveis por piorar os quadros, aumentando as chances de crianças desenvolverem bronquiolite e pneumonia

Por Ingrid Soares

Falta de ar, chiado, sensação de pressão no peito, tosse e cansaço ao falar são alguns dos sintomas de uma crise de asma, doença pulmonar inflamatória e crônica que causa obstrução das vias aéreas, dificultando a passagem do ar.

A pneumologista Andréa Martha Rodrigues, referência técnica distrital (RTD) de asma na Secretaria de Saúde (SES-DF), destaca a necessidade de identificar os fatores desencadeantes das crises. “Pode ser a poeira, uma infecção viral, ácaros, pólen, pelos de animais, fumaça de cigarro, produtos químicos, poluição, exercício físico intenso ou estresse. A lista é grande”, elenca.

Segundo a especialista, doenças respiratórias, como a gripe e a COVID-19, são grandes responsáveis por agravar as crises, pois aumentam as chances de que crianças (principalmente) e adultos desenvolvam bronquiolite e pneumonia, por exemplo.

No caso de Rosemeire Pereira, 55 anos, a COVID-19 foi o gatilho para a crise mais recente. Ela recebeu o diagnóstico há três anos, após sucessivas doenças respiratórias, e hoje faz acompanhamento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

“Estou cansada, tenho dificuldade até para fazer um esforço mínimo, sinto chiado e muita tosse. Isso porque sigo o controle diário, faço fisioterapia para fortalecer os pulmões e tomo as medicações corretamente”, conta a paciente, que utiliza inseparavelmente as bombinhas broncodilatadoras.

Já Maria Guiomar Moraes, 61 anos, conhece a asma desde a infância e sabe de cor o passo a passo para controlar suas crises. “Utilizo a bombinha de uso diário e a de resgate. Acho essencial acompanhar e realizar o treinamento corretamente para evitar que a crise se agrave”, sugere, ao apresentar os exames de rotina à equipe do setor de Pneumologia do Hran.

Embora Rosemeire e Maria saibam reconhecer os sinais de uma crise, um estudo do Registro Brasileiro de Asma Grave (Rebrag) sobre asma grave no país, divulgado em 2024, aponta que 60% dos pacientes não têm a doença controlada. O histórico de hospitalizações chega a 69% entre pessoas maiores de 18 anos.

Tratamento

A asma é uma doença sem cura que atinge cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Só no Brasil, 20 milhões de habitantes convivem com a doença.

Apesar desse cenário, existem tratamentos eficazes que permitem o controle pleno da asma, como o uso adequado dos broncodilatadores inalatórios (as “bombinhas”), a vacinação anual contra a gripe e a pneumonia e as medicações específicas sob orientação médica.

“Além desses pontos, pessoas asmáticas precisam dar atenção especial à higiene e à alimentação, uma vez que ambas auxiliam na produção de anticorpos e impactam a imunidade. Priorizar os exercícios aeróbicos também ajuda no fortalecimento do abdômen e dos pulmões”, esclarece a RTD da SES-DF.

O tempo seco é outro fator que dificulta a vida de quem convive com a asma, pois provoca inflamações nas vias aéreas superiores, associadas a ressecamento e inflamações nasais recorrentes. “Evitar a baixa umidade e a exposição em dias muito quentes, com alta poluição, é o recomendado”, diz a especialista.

No Distrito Federal, o tratamento e o acompanhamento são oferecidos em todos os níveis de assistência e, desde 1999, a população conta com o Programa de Atendimento ao Paciente Asmático. A evolução desse programa, aliada à capacitação dos profissionais da saúde, permitiu o desenvolvimento de 27 centros de referência que atendem aos casos mais complexos e de difícil controle.

Com equipes aptas a diagnosticar, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) continuam sendo a porta de entrada aos serviços. Em casos de crises recorrentes, os profissionais encaminham os pacientes para ambulatórios especializados, onde a análise é realizada com base na história clínica, no exame físico e nos testes de função pulmonar.

Falta de ar, chiado e sensação de pressão no peito, tosse e cansaço ao falar são alguns do sintomas de uma crise de asma. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Automedicação

Segundo Rodrigues, o paciente diagnosticado com asma precisa manter a medicação em dia e utilizá-la de forma emergencial, quando necessário. Para ela, a automedicação é um desafio, pois a venda de corticoides e broncodilatadores sem prescrição médica possibilita o uso de doses altas sem necessidade ou por tempo prolongado, o que pode reduzir sua eficácia ou até mesmo agravar o quadro clínico e a doença.

O uso prolongado de corticoides de forma sistêmica pode causar gastrite, úlceras gástricas e osteoporose, enquanto os broncodilatadores podem ocasionar arritmias cardíacas.

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