Por Kleber Karpov
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) anunciou, em dezembro (17/Dez), o fortalecimento das ações de diagnóstico e acompanhamento de gestantes com diabetes para se alinhar às novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida deve garantir assistência especializada na rede pública para prevenir complicações maternas e neonatais, visto que a doença afeta uma em cada seis grávidas no mundo. O plano prioriza a identificação precoce por meio de exames de glicemia e a regulação imediata para centros de alto risco.
A SES-DF mantém uma estrutura consolidada para identificar a doença logo no início da gestação. O protocolo de pré-natal de risco habitual exige a realização de glicemia de jejum no primeiro trimestre. Caso os resultados indiquem necessidade, os médicos devem solicitar o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG). Esse fluxo busca assegurar que a paciente receba o tratamento adequado antes do agravamento do quadro clínico.
O ginecologista Marcelo Cronemberger, que atua no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), explica que o sistema de regulação deve encaminhar a paciente ao pré-natal de alto risco logo após a confirmação. Segundo o médico, todas as regiões de saúde do Distrito Federal possuem serviços preparados para esse acolhimento. As unidades contam com endocrinologistas, nutricionistas e enfermeiros qualificados para o monitoramento contínuo das taxas glicêmicas.
Prevenção e planejamento
A atuação das equipes multiprofissionais foca no controle rigoroso da dieta e, se necessário, na definição do uso de medicamentos. O acompanhamento também inclui a avaliação constante do desenvolvimento do feto e o monitoramento de comorbidades associadas. O objetivo central é reduzir a incidência de partos prematuros e outras intercorrências graves durante o período gestacional.
“Para mulheres com diabetes tipo 1 ou tipo 2, é fundamental planejar a gravidez. O bom controle glicêmico antes da concepção reduz o risco de malformações, abortamentos e intercorrências nos primeiros meses de gestação”, disse Cronemberger.
Manejo no momento do parto
As orientações da OMS estabelecem que a decisão sobre o momento do parto deve ocorrer de forma individualizada. Os profissionais devem considerar o controle da glicemia e as condições clínicas gerais da mãe e do bebê. A SES-DF aplica esse modelo pautado em evidências científicas para definir a idade gestacional segura para o procedimento.
O diabetes atinge atualmente mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo. Diante desse cenário de avanço da doença crônica, a gestão da saúde local busca consolidar a linha de cuidado materno-infantil. O reforço nos protocolos pretende promover gestações mais seguras e diminuir os índices de morbidade na capital federal.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










