Por Kleber Karpov
Duas mortes causadas pela febre maculosa foram confirmadas pela Secretaria de Saúde de Leme na última semana (4/Nov), elevando o total de óbitos no estado de São Paulo para vinte neste ano de 2025. O fato ocorreu no município de Leme, localizado no interior paulista. As vítimas não tiveram seus nomes, gêneros ou idades divulgados pela secretaria municipal. O órgão de saúde confirmou a adoção imediata de medidas de controle e vigilância no município, que são coordenadas pelo Setor de Vigilância Epidemiológica e Zoonoses.
O interior do estado tem enfrentado um aumento na incidência da doença, que é transmitida pelo carrapato. Em Salto, cidade que está a aproximadamente 90 quilômetros de Leme, foram contabilizadas três mortes pela febre maculosa em 2025. Após a confirmação de que duas dessas vítimas estiveram em um parque local, a administração municipal determinou a interdição do espaço público.
Doença no estado
O número de óbitos pela enfermidade subiu para vinte no estado de São Paulo em 2025, considerando as vítimas de Leme. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de São Paulo havia registrado 36 casos da doença e 18 óbitos até o mês de outubro do ano corrente. Em comparação, o ano anterior totalizou 72 casos e 26 mortes.
Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, a febre maculosa é uma infecção febril de gravidade variável e com elevada taxa de letalidade. A transmissão acontece por meio da picada do carrapato, que é encontrado em ambientes rurais com a presença de animais como gado, cães e gatos, bem como em áreas de vegetação alta.
O Secretário de Estado de Saúde, representante da SES, esclareceu que menos de um por cento dos carrapatos-estrela carrega a bactéria responsável pela doença. Portanto, a mera picada não significa, obrigatoriamente, a infecção do indivíduo.
Sintomas e prevenção
Os sintomas mais comuns da febre maculosa incluem febre súbita, fraqueza extrema, cansaço ou falta de energia, além de dores de cabeça e nas articulações. Entre o terceiro e o quinto dia após o início da infecção, é comum o aparecimento de erupções cutâneas nas regiões dos tornozelos e punhos, com potencial de se espalharem pelo resto do corpo.
Como medida fundamental, a prevenção abrange evitar áreas onde há infestação por carrapatos. É altamente recomendado o uso de calças compridas e botas de cano alto ao transitar por regiões classificadas como de risco. Caso um carrapato seja encontrado na pele, a remoção deve ser feita de maneira imediata, sem esmagar o vetor com as unhas.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.











