Por Kleber Karpov
Imagens registradas neste domingo (27/Abr), por volta das 20 horas, divulgadas em cobertura do Ceilândia Muita Treta, mostram momentos de tensão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ceilândia I, na QNN 27. Por falta de médicos, os usuários se revoltaram e depredaram a UPA. Dezenas de pessoas que aguardavam atendimento reclamavam a demora e a restrição de atendimentos à pacientes com classificação de risco laranja e vermelho — situações muito graves ou com risco de morte — , quando haviam usuários aguardar por mais de 10 horas por atendimento de pediatras.
De acordo com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), responsável pela administração das 13 UPAs do DF, na ocasião da confusão a unidade de Ceilândia I contava com quatro clínicos e um pediatra. Porém o acirramento se deu após os usuários serem comunicados da restrição ao entrarem com medida emergencial de restrição temporária no atendimento pediátrico. “O plantão da unidade contava com quatro clínicos e um pediatra.”.
Falta de vagas
Segundo a diretora do Sindicato de Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF), Josy Jacob, que repercutiu o caso e conversou com profissionais de enfermagem que trabalham na UPA. Segundo a profissional de saúde, “A upa está com criança entubada, lotada atendendo crianças de todos os lugares o Distrito Federal. Uma criança convulsionou, foi levada para a sala vermelha. Tudo começou porque não está tendo vagas para as demais crianças que estão chegando na UPA da Ceilândia.”
Josy Jacob se solidarizou com as famílias e com as equipes de saúde e comentou sobre a necessidade demais investimento. “A gente precisa lutar pela Saúde do Distrito Federal. OU a gente luta, ou famílias ficarão desesperadas, quebrando as unidades de saúde e colocando a vida das equipes em risco.”, disse ao pedir mais investimento, prioridade e acompanhamento.
Falta de pediatras
Em nota à imprensa o IGESDF apontou que “o instituto já iniciou a contratação emergencial de novos profissionais para recompor a equipe e garantir a continuidade do atendimento pediátrico. Enquanto isso, os pacientes foram orientados a procurar a UPA Ceilândia II”.
