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27 abr 2024 12:12


PDT deixa governo e aumenta isolamento de Rollemberg para possível reeleição de 2018

Há um ano das eleições, peças do tabuleiro político são movidas estrategicamente. Entre rainhas, reis, cavaleiros, bispos e alguns peões, do alto da torre, quem dará xeque-mate?

Por Kleber Karpov

Nas últimas semanas as movimentações de partidos políticos em relação à disputa eleitoral para o governo de 2018, demonstram que o atual governador do DF, Rodrigo Rollembeg (PSB) está cada vez mais isolado para uma possível reeleição. Legendas como PSD, PDT anunciam novos rumos e agremiações partidárias de oposição tentam consolidar pacto para derrubar de vez o chefe do Executivo.

Em uma relação, desde o início do governo, de isolamento na parceria com Rollemberg e Renato Santana (PSD), o presidente da legenda, Rogério Rosso, publicitou recentemente que o partido deverá ter candidato próprio ao Buriti. Embora, votações de Rosso, enquanto deputado federal e a, quase inexistente, reação de Renato Santana, em relação à condução política equivocada do chefe do Executivo possam afundar o PSD para o ostracismo.

Por outro lado, com dois deputados distritais, Reginaldo Veras e Joe Valle, esse último,  presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), o PDT, anunciou ‘independência’ e sai, oficialmente, da base do governo.

Com o anúncio realizado, na noite de terça-feira (10/Out), pelo presidente da legenda, Georges Michel, o PDT colocou os cargos que detém no GDF, à disposição, de Rollemberg e se prepara para alçar voos mais altos. O que deve ser um complicador para o chefe do Executivo que contará com menos apoio para votação de projetos de interesse do governo.

Vale observar que, a recente votação do Projeto de Lei Complementar 122/2017, das mudanças na previdência, foi o agente da crise que gerou a ruptura entre PDT e PSB, na gestão do DF.

Nesse contexto, de um lado o PDT saiu, mesmo dividido entre a ruptura total, proposta por Reginaldo Veras e o anúncio de independência, que prevaleceu em reunião da executiva. Do outro, Rollemberg deixou a promessa de retaliação com exonerações de cargos comissionados indicados pelo partido, mas com a consciência que se o fizer, o ‘caldo pode engrossar’ na CLDF.

Se de um lado Rollemberg perde o apoio de dois partidos, o chefe do Executivo conta com a composição da executiva nacional, para 2018. Afinal a família do ex-candidato Eduardo Campos (PSB) defende uma coligação apoiada articulada entre, Carlos Roberto Siqueira de Barros e Carlos Lupi, presidentes nacionais do PSB e PDT, respectivamente.

Isso em eventual apoio ao nome do pedetista, Ciro Gomes para a presidência da República, o que em tese pode restabelecer as coligações, no âmbito do DF, entre PSB e PDT. Embora o socialista ignore a possibilidade em tal independência pedetista ser mantida no DF.

Partidos de direita se alinham contra Rollemberg – Foto: Reprodução Agenda Capital

Porém, para infelicidade do chefe do Executivo, outros 13 partidos, se articulam e fortalecem os laços em uma composição para impedir a reeleição de Rollemberg. Na terça-feira (9/Out), Nomes como Jofran Frejat (PR), Alberto Fraga (DEM), Tadeu Fillipelli (PMDB), Alírio Neto (PTB), Adalberto Monteiro (PRP), Salvador Bispo (PSDB), Paco (PTdoB),  Newton Lima (PSL), Gilvando Galdino (PHS), Silvana (PSDC), pastor Daniel de Castro (PSC), além de representantes do PM e PMB, se reuniram na casa de Izalci Lucas (PSDB) para, nas palavras do anfitrião “manter a unidade do grupo”.

Nesse contexto, vale observar que outros partidos se preparam para candidaturas próprias, ou para outras coligações partidárias. Mas muitos têm em comum, a aversão ao governo de Rodrigo Rollemberg que, há muito, já superou o ex-governador do DF, Agnelo Queiroz (PT) em impopularidade, em decorrência de falta de gestão e de diálogo.

Um exemplo é o PROS, captaneado pelo deputado federal, Ronado Fonseca que, embora tenha anunciado a desistência de concorrer ao cargo majoritário em 2018, pelas críticas à gestão Rollemberg, pode transferir votos importantes à oposição ao atual governo.

Outros, partidos, essencialmente de esquerda, a exemplo do PT, com três e PPS com dois parlamentares de oposição ao governo na CLDF, ou ainda o PSOL que, podem lançar candidatos próprios e, mesmo que deixem de fazê-lo, devem atuar para impedir que Rollemberg chegue ao segundo turno.

E, finalmente, o grande temor de Rollemberg e demais candidatos, o senador Antônio Reguffe (Sem Partido), que embora enfrente rejeição por alguns segmentos, sobretudo no funcionalismo público do DF, por ser considerado um parlamentar de poucas ações legislativas.

No entanto, Reguffe se mantém, quase, intácto sob a tutela dos discursos de redução de gastos públicos e combate à corrupção e, caso decida quebrar a promessa de concluir o mandato no Senado é quase unanimidade que seja eleito governador do DF.

Resta saber, que partidos pretendem se acomodar, nas supostas ‘vacâncias’ deixadas pelo PDT na gestão Rollemberg. E, embora neguem, uma fatia do PSDB, é acusada de se aproximar do chefe do Executivo, a exemplo da ex-governadora, Maria de Lourdes Abadia e Virgílio Neto.

Vale observar ainda o distrital, Robério Negreiros, que em votações importantes na CLDF tem votado favorável aos projetos de os interesses do governo, a exemplo do Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF), embora tenha justificado o voto por influência de declaração do promotor do Ministério Público do DF e Territórios, Jairo Bisol, ao Correio Braziliense; e ainda da mudança da previdência dos servidores do GDF.

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