Por Kleber Karpov
A endocrinologista Tatiana Wanderley, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), divulgou nesta terça-feira (23/Dez) recomendações para pacientes com diabetes e hipertensão durante as festividades. O objetivo deve ser prevenir descompensações clínicas motivadas pelos excessos de açúcares e sal típicos das ceias brasilienses. A especialista reforça que o equilíbrio nas escolhas alimentares garante a segurança de quem convive com doenças crônicas.
O consumo elevado de carboidratos simples e doces deve provocar picos glicêmicos importantes em curto intervalo de tempo. Tatiana Wanderley orienta que o paciente inicie a refeição com proteínas para elevar a saciedade antes de consumir outros alimentos. A combinação de carnes magras com vegetais auxilia na redução do impacto do açúcar no sangue de forma imediata.
Atenção ao sal
Para hipertensos, o maior risco reside no consumo de embutidos, queijos curados e carnes com tempero excessivo. Esses itens possuem altas concentrações de sódio que podem desencadear crises de pressão alta e mal-estar. O ideal deve ser evitar pratos como salames e bacalhau mal dessalgado para preservar a estabilidade cardiovascular.

Interação com medicamentos e álcool
O consumo de bebidas alcoólicas exige cautela e nunca deve motivar a interrupção de tratamentos medicamentosos. A mistura de álcool com anti-hipertensos, diuréticos ou ansiolíticos pode causar reações adversas graves no organismo. Em idosos, a combinação de cansaço e álcool deve elevar o risco de quedas e episódios de desidratação. “As ceias concentram carboidratos simples, doces e bebidas alcoólicas. Para o diabético, isso pode provocar picos glicêmicos importantes”, afirmou Tatiana Wanderley.
Quando buscar ajuda
Sinais como dor no peito, falta de ar, tontura intensa ou visão borrada exigem a procura por assistência médica. Crises leves devem receber atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Casos de alta complexidade, como suspeita de infarto ou perda de consciência, devem seguir para os hospitais da rede pública.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.












