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11 dez 2024 13:19


Com mais de 2.000 casos de dengue na primeira semana de 2024, DF agiliza nomeação de 150 Agentes de Vigilância Ambiental de Saúde

Capital do país teve alta de 207% do número de casos prováveis de dengue, se comparado mesmo período de 2023

Por Kleber Karpov

Dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) apontam que o DF, registrou, na primeira semana epidemiológica de 2024, de até o último sábado (6/Jan), um total de 2.189 casos suspeitos de dengue, com 2.152 considerados prováveis. O caso levou o GDF a agilizar a nomeação de 150 Agentes de Vigilância Ambiental de Saúde (AVAS).

A notícia foi adiantada pela deputada distrital, Dayse Amarilio (PSB), na saída do evento de entrega do Selo Dourado concedido pela governadora do DF, em exercício, Celina Leão (Progressista) aos órgãos do GDF que apoiam a Amamentação. 

“Estou saindo do buriti hoje, dia 11 de janeiro e a nossa pressão por nomeação continua, o déficit é muito grande e nós estamos vivendo um verdadeiro caos em relação a Dengue. Já tive uma notícia aqui em primeira mão, acabou de ser autorizado pela Secretaria de Saúde e pela Casa Civil a nomeação imediata de 150 Agentes de Vigilância [Ambiental],”, disse ao falar sobre a necessidade de recomposição dos quadros de profissionais de saúde da SES-DF.

Casos de Dengue

De acordo com boletim epidemiológico, dos casos prováveis de dengues, 95,4%, equivalente a 2.054 são de pessoas residentes no DF. Se comparado com o mesmo período de 2023, de 669 registro de casos prováveis, um aumento equivale a 207% no número de possíveis ocorrências.

Ao se considerar o ano de 2023, até a última semana de dezembro, de acordo com o Boletim Epidemiológico 47, o DF notificou 52.864 casos suspeitos da doença, dos quais 40.934 eram prováveis.

Ações de combate

Nas últimas semanas, a Saúde do DF, intensificou a atuação no combate a dengue, com uso de carros fumacê, com agentes de saúde, além de ações integradas com Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), Defesa Civil, Secretaria de Comunicação Social (Secom), Casa Civil, Departamento de Trânsito (Detran), entre outros, no entanto, o mosquito parece estar a vencer a guerra.

No país

Sob essa ótica é importante lembrar a preocupação do Ministério da Saúde (MS), apontou em 8 de dezembro, sinal de alerta para o alto risco de epidemia de dengue em 2024, para a Região Centro-Oeste. Preocupação essa estendida também, estados do Espírito Santo e Minas Gerais na Região Sudeste.

Dados do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) apontam que 1.506 de um total de 4.976 municípios, equivalente a 30,2%, estão com classificação de risco de serem afetados por infestação do mosquito. Outros 189 municípios (3,7%) contam com risco ainda mais elevado e o restante, 3.281 municípios (65,9%) obtiveram classificação satisfatória.

Combate ao mosquito

Ainda segundo análise da LIRAa, os domicílios das pessoas são os locais com maior número de incidência de criadouros do mosquito, em que 74,8% dos lares contam com vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados e canos, por exemplo) que acabam por servir de locais de reprodução do aedes aegypti.

Ainda no levantamento, depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e, no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço, cacimba, cisterna) também aparecem como segundo maior foco de procriação dos mosquitos, com 22%, enquanto depósitos de pneus e lixo respondem por 3,2%.