24.5 C
Brasília
16 dez 2025 12:25

Retrocesso: Bolsonaro veta notificação de casos de suspeita de violência contra a mulher

Para o Palácio do Planalto, “proposta contraria o interesse público ao determinar a identificação da vítima”

Por Morgana Nathany, sob supervisão de Sheyla Assunção

O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente uma proposta que obrigava os profissionais de saúde a registrar no prontuário médico da paciente e comunicar à polícia indícios de violência contra a mulher. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 61/2017 foi aprovado em setembro pelos deputados, na forma do PL 2538/2019.

De acordo com a mensagem presidencial, os ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e da Saúde manifestaram-se pelo veto ao projeto alegando contrariedade ao interesse público. “A propositura legislativa altera a vigente notificação compulsória de violência contra a mulher atendida em serviço de saúde público ou privado, que atualmente tem por objetivo fornecer dados epidemiológicos, somente efetivando-se a identificação da vítima fora do âmbito da saúde em caráter excepcional, em caso de risco à comunidade ou à vítima, sempre com o seu consentimento. Assim, a proposta contraria o interesse público ao determinar a identificação da vítima, mesmo sem o seu consentimento e ainda que não haja risco de morte, mediante notificação compulsória para fora do sistema de saúde, o que vulnerabiliza ainda mais a mulher, tendo em vista que, nesses casos, o sigilo é fundamental para garantir o atendimento à sua saúde sem preocupações com futuras retaliações do agressor, especialmente quando ambos ainda habitam o mesmo lar ou ainda não romperam a relação de afeto ou dependência”, diz a justificativa do veto.

A proposição, de iniciativa da deputada Federal Renata Abreu (Podemos-SP), alterava a Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006) com o objetivo de constituir objeto de notificação compulsória, em todo o território nacional, os casos em que houvesse indícios ou confirmação de violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos e privados. Os casos também deveriam ser obrigatoriamente comunicados à autoridade policial no prazo de 24 horas, para as providências cabíveis e para fins estatísticos. O veto segue para análise de senadores e deputados em sessão no Congresso. Ainda não há data para inclusão desse veto na pauta.

Fonte: Agência Senado

OMS reconhece eliminação da transmissão de HIV de mãe para filho no Brasil

Por Kleber Karpov A Organização Mundial de Saúde (OMS) deve...

Moraes pede extradição de Alexandre Ramagem aos Estados Unidos

Por Kleber Karpov O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo...

PF não mede “estatura política” ao investigar desvios em emendas, diz diretor

Por Kleber Karpov O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei...

Deputada Lucinha se torna ré no Rio por envolvimento com milícia

Por Kleber Karpov O Órgão Especial do Tribunal de Justiça...

Bolsas de estudo para graduação no UDF abrem 74 vagas no DF

Por Kleber Karpov O Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou...

Semáforos inteligentes devem modernizar 470 cruzamentos no DF

Por Kleber Karpov O Departamento de Trânsito do Distrito Federal...

Chico Vigilante enquadra Zezé Di C(amargo) por “ataques covardes às filhas de Silvio Santos”

Por Kleber Karpov O deputado distrital Chico Vigilante (PT) repudiou...

Destaques

OMS reconhece eliminação da transmissão de HIV de mãe para filho no Brasil

Por Kleber Karpov A Organização Mundial de Saúde (OMS) deve...

Moraes pede extradição de Alexandre Ramagem aos Estados Unidos

Por Kleber Karpov O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo...

PF não mede “estatura política” ao investigar desvios em emendas, diz diretor

Por Kleber Karpov O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei...

Deputada Lucinha se torna ré no Rio por envolvimento com milícia

Por Kleber Karpov O Órgão Especial do Tribunal de Justiça...

Bolsas de estudo para graduação no UDF abrem 74 vagas no DF

Por Kleber Karpov O Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou...