Por Kleber Karpov
O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) realizou uma oficina de capacitação para a identificação precoce da sepse pediátrica, em evento com o tema “Reconhecer para Agir”. Realizado em comemoração ao Dia Mundial da Sepse, celebrado em 13 de setembro, o encontro reforçou a importância da intervenção imediata na condição clínica, que, quando não tratada rapidamente, pode levar à morte, especialmente em crianças.
O choque séptico, conhecido popularmente como “infecção generalizada”, é uma resposta inflamatória grave do organismo a uma infecção que pode evoluir para a falência de múltiplos órgãos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a sepse é responsável por 48,9 milhões de casos e 11 milhões de mortes por ano, representando cerca de 20% de todas as mortes no mundo.

Ação em equipe
A capacitação contou com a participação presencial de 52 profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF), incluindo médicos pediatras, residentes, fisioterapeutas, enfermeiros e farmacêuticos. Com apoio da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), a oficina foi dividida em apresentação teórica, estudo de caso e simulação de ocorrência. A chefe do setor de pediatria do Hmib, Aline Islabão, destacou a importância da colaboração entre diferentes áreas.
“A participação de todos é fundamental para um melhor atendimento em equipe, com melhor comunicação e menor risco de erros assistenciais. Especificamente no caso da sepse, uma condição grave e com alta mortalidade, o diagnóstico é obrigação de qualquer profissional de saúde”, alerta Aline Islabão.

Sepse infantil
A condição é ainda mais preocupante em crianças menores de cinco anos, que representam cerca de metade dos casos. Segundo documento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dados de 2017 indicam que 25 milhões de crianças foram acometidas pela sepse em todo o mundo, com 3 milhões de óbitos. Aline Islabão reforça que “as crianças são um grupo de risco para a ocorrência da sepse. Sabemos que, dentro dessa faixa etária, há uma mortalidade de até 20%”.
Diante desse cenário, o reconhecimento rápido dos sinais é crucial para salvar vidas, e os primeiros cuidados devem ser iniciados na chamada “hora de ouro”, a primeira hora após a suspeita. O tratamento geralmente exige internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), com administração de antibióticos e, em situações graves, suporte avançado como ventilação mecânica e hemodiálise.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










