Por Kleber Karpov
A taxa de desemprego no Brasil foi de 5,6% no trimestre encerrado em setembro, o menor nível da série histórica iniciada em 2012 para o período. Os indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) foram divulgados nesta sexta-feira (31/Out) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice recuou 0,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior (5,8%) e 0,8 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2024 (6,4%).
O estudo revela que a população desocupada, estimada em 6 milhões de pessoas, está no menor contingente da série histórica. Esse número recuou 3,3% (209 mil pessoas) no trimestre e caiu 11,8% (809 mil pessoas) no ano.
A população ocupada (102,4 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 1,4% (1,4 milhão) no ano, seguindo no maior patamar já registrado. “O nível de ocupação em patamares elevados nos últimos meses indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

Carteira assinada e rendimento
O número de empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada renovou seu recorde e chegou a 39,2 milhões. Esse volume representa estabilidade no trimestre e um crescimento de 2,7%, somando mais 1 milhão de pessoas na comparação anual. Por sua vez, o número de empregados no setor público (12,8 milhões) ficou estável no trimestre e subiu 2,4% (mais 299 mil pessoas) no ano.
A massa de rendimento médio real bateu novo recorde, chegando a R$ 354,6 bilhões, com estabilidade no trimestre e alta de 5,5% (mais R$ 18,5 bilhões) no ano. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores também foi recorde, crescendo 4% no ano.
Queda na subutilização
Acompanhando a tendência observada em outros recortes, a taxa composta de subutilização (13,9%) foi novamente a mais baixa da série. O índice recuou 0,5 p.p. frente ao trimestre anterior (14,4%) e 1,8 p.p. ante o mesmo trimestre de 2024 (15,7%).
A população subutilizada (15,8 milhões) chegou ao menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. A queda foi de 4,0% (menos 664 mil) no trimestre e de 11,4% (menos 2 milhões) no ano.
O grupo de pessoas desalentadas, que desiste de procurar emprego por achar que não conseguiria, totaliza 2,6 milhões. Esse é o menor número já registrado desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, com queda de 14,1% (434 mil pessoas) na comparação anual.
Caged
Os indicadores do IBGE estão em sinergia com os dados do Novo Caged, divulgados na quinta-feira (30 de outubro) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O levantamento do Caged indica que o Brasil chegou ao patamar de 1,7 milhão de empregos com carteira assinada em nove meses de 2025, entre janeiro e setembro.
O estoque, ou seja, o número total de vínculos formais ativos no país, atingiu o patamar recorde de 48,9 milhões. O Ministério do Trabalho e Emprego esclarece que o estoque é superior ao total estimado de pessoas com carteira assinada porque uma mesma pessoa pode ter mais de um vínculo formal.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










