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28 abr 2024 05:00


Em entrevista ao Rádio Corredor PodCast, Celina Leão fala sobre governabilidade, saúde, segurança, nomeações

Em um bate papo informal e descontraído, Celina Leão fala sobre toda trajetória política, além de projetos futuros

Por Kleber Karpov

Nesta sexta-feira (24/Nov), foi ao ar no Rádio Corredor Pod Cast, entrevista da vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressista). Na entrevista, em tom descontraído, o apresentador, editor do site de Radio Corredor e analista político, Odir Ribeiro, conduziu um resgate da trajetória política de Celina Leão no DF além da abordagem da atual conjuntura política e econômica do DF.

Blogosfera

Ribeiro lembrou o início da carreira, de ambos, em 2011 e a importância de Celina Leão na abertura de portas à blogosfera que atualmente conta com respaldo de uma Lei Orgânica, que garante à chamada mídia alternativa, que cobre os acontecimentos do Distrito Federal. “Quando todo mundo discriminava blog, mal tinha credencial para entrar na Câmara [Legislativa do DF (CLDF)], você brigou.”, lembrou.

“As pessoas estavam muito resistente a transição. Estávamos entrando em uma era informação, da tecnologia, onde a comunicação chega com fácil acesso, que ninguém é mais dono de conteúdo de nada. Isso foi uma transição e muita gente tinha dificuldade de entender que isso seria o novo momento da comunicação.”, disse Celina Leão.

Segundo Celina, tal defesa acabou por dar voz ao mandato, com a divulgação do mandato. “Sou muito grata também porque da mesma forma que defendi, vocês deram vozes as minhas ideias e minhas lutas e conseguiram divulgar muito do que eu fazia. Acho que foi uma troca interessante.”, concluiu.

Joaquim Roriz

Celina Leão lembrou a importância do papel e a “coragem”, do ex-governador do DF, Joaquim Roriz, por dentre outras realizações, acolher milhares de famílias com as criação de várias Regiões Administrativas (RAs), bem como executar projetos de infraestrutura, a exemplo do Metrô-DF. “Ele representativa algo muito forte que é a coragem dele de fazer, de criar cidades. Pense em Samambaia que na época as pessoas buscavam água em um chafariz. Hoje é uma cidade consolidada com comércio forte, cheia de prédio. Então o Roriz era um cara que via as coisas prontas antes delas existirem. Então aprendi muito isso com ele.”

Carreira Política

Ao comentar sobre as eleições, Celina Leão apontou que considera arriscado por parte do político de se pautar no ‘já ganhou’. “Eu acho um risco gravíssimo, eu nunca acredito em sucesso sem trabalho. Acho isso muito frágil. Para a vice-governadora, a consolidação da carreira política pautada com se ter o “pé no chão”.

“Se você pegar nossas pesquisas do primeiro mandato com o governador Ibaneis, quando começou as pesquisas do Senado, do governo, nós ganhamos as eleições em primeiro turno. E o que é isso? É fruto de uma coalisão política, de muito trabalho, do trabalho na rua, da unidade, do governo que era bom, com nosso governador Ibaneis [Rocha (MDB)],  trabalho na rua, da nossas unidade, mas também de muito trabalho e cada pessoa naquela campanha foi importante pois nós ganhamos por cinco mil votos”, disse Celina Leão.

Intervenção

Celina Leão comentou sobre a experiência de responder como governador do DF, durante o afastamento de Rocha por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). Á época, a capital do país estava sob intervenção da Segurança Pública do DF, por parte do governo federal, por conta do episódio dos atos antidemocráticos bolsonaristas, do 8 de janeiro. Papel esse, considerado por Ribeiro como “decisivo para as coisas não piorarem”. Isso ao se referir a postura e as colocações precisas em respostas dadas à sociedade.

Para a governadora, se tratou de um momento sensível para lidar com os problemas enfrentados pelo DF além de dar respostas à população brasileira. “Esses dias trás foi em um evento com Arthur Lira [deputado federal (Progressista-AL)], lá em Alagoas e aí o pessoal, vereador, deputado estadual falando: — olha você foi muito correta. Você pensa que as pessoas não estão acompanhando mas o Brasil inteiro acompanhou.”, disse Celina Leão.

A vice-governadora lembrou ainda de outro episódio, quando concedeu entrevista coletiva, no Palácio do Buriti e se fizeram presentes veículos da imprensa da imprensa brasileira, mas também de outros países, as exemplo dos Estados Unidos com o New York Times e outro — não nominado — da França.

Fidelidade

Questionada por Ribeiro, sobre o “gostinho” da oportunidade de ser governadora, Celina Leão ressaltou fator relevante que serviu para aproximar ainda mais a relação com o governador do DF. A demonstração de lealdade, e correição ao atuar durante a crise, justamente com a perspectiva de continuidade do mandato com consciência do retorno de Rocha.

“É claro que sonho ser governadora algum dia? Sonho. Mas eu quero ser eleita. Não quero nada que não é meu. O que é meu, que me é de direito, eu luto e faço questão. Mas aquilo que não é meu, eu sempre digo que não há nada mais sagrado que a nossa Democracia.” disse ao observar a correição, de honrar compromissos.

Questionada, sobre não ter ocupado a sala do governador, durante o afastamento de Rocha, Celina Leão voltou a reafirmar que durante todo o período de ausência, nunca ter utilizado as dependências do chefe do Executivo.

“Nunca entrei na sala dele depois que ele foi afastado. Sempre despachei da minha sala. Nunca entrei, não tive coragem de entrar no espaço que ele fica. A gente só retornou a entrar no espaço do governador, quando ele voltou. Então todo mundo que despachava na vice[-governadoria].”, disse Celina Leão.

Luta pelas mulheres

Ativista na luta em defesa dos direitos e da proteção das mulheres, além do empoderamento feminino, em especial o político, Celina Leão comentou a relação de reconhecimento e carinho por parte das mulheres. “Eu ando na rua e perceber o caminho das mulheres comigo. É muito forte. A mulher chega para mim e diz: — Eu me sinto representada por você.”, disse a vice-governadora, ao enfatizar o alcance, inclusive entre mulheres do que vivem em áreas rurais. “Poxa, você representar uma mulher do campo, olha que forte isso.”, concluiu.

Frustração de receita

Celina Leão foi questionada por concursados que pediram o reformo do combate ao feminicídio no DF. Isso, por meio da nomeação de servidores da segurança pública. Celina Leão explicou que o DF tem intenção de realizar as convocações dos aprovados. No entanto, a vice-governadora explicou a conjuntura econômica do DF, decorrente de frustração de receita, algo que desacelerou o processo de nomeações.

“Nenhum estado faz concurso para não querer prover. A gente faz concurso público para prover. Nós tivemos foi uma frustração de receita, tanto que tivemos que fazer Refis [Programa de refinanciamento de dívidas]. O orçamento publico é uma peça fictícia. Ele se materializa ou se frustra. Nós tivemos uma frustração de receitas por conta de impostos que foram reduzidos, de várias isenções que aconteceram e tivemos quase R$ 2 bilhões de frustração de orçamento. Se fizéssemos a provisão de todos os concursos que estavam em andamento, não teríamos recurso para pagar a folha. Então a vontade do governado do Distrito Federal é claro é prover os concursos públicos. Nós precisamos de policiais, de policiais penais, civis, que fizeram concurso.”, explicou.

Nomeações na segurança

No entanto, embora com problemas de consolidação orçamentária, Celina Leão revelou, em primeira mão, que há previsão por parte do governador de convocar 300 policiais civis e outros 300 policiais penais.

Dotação Orçamentária

A vice-governadora fez questão de esclarecer a necessidade de a população compreender a dinâmica de funcionamento do Estado e a diferença entre orçamento e disponibilidade financeira. “Se você inaugura uma pista e gasta o dinheiro do PAC, R$ 320 milhões e a pessoa fala: Tem dinheiro para a pista mas não tem para o concurso. Não tem nada a ver uma coisa com a outra.”.

Celina Leão observou que “o recurso para provisão de cargos é um em específico tem que constar no orçamento e não tem liquidez do financeiro. Aquilo que você em obras tem provisão de obras [dotação orçamentária com recursos previstos para tal finalidade] e o que faz em outras áreas são provisões que a cidade precisa. Acho que para as pessoas entenderem e terem um olhar um pouco mais de querer se engajar nessa luta também. Não é uma luta pessoal, mas da sociedade.” concluiu.

Teletrabalho

Celina Leão ponderou dois cenários em relação a suspensão do teletrabalho. A primeira, que possibilidade de se trabalhar de casa só ocorreu em decorrência do decreto assinado, com vigência durante o período da pandemia do coronavírus-DF. A vice-governadora, sem mencionar áreas ou categorias, pontou ainda que em alguns setores o governo tem necessidade de ter os profissionais a atuarem na ponta.

Outras demandas

Ribeiro e Celina Leão abordaram ainda outros temas relevantes, a exemplo dos GAPS, da Educação, de taxistas e motoristas de aplicativos, a presidência do Progressistas no DF, composições e conjunturas políticas para 2026 e 2030. Entrevistas que valem a penas

Confira a entrevista na íntegra

 

 

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