Por Kleber Karpov
A Organização Mundial de Saúde (OMS) deve reconhecer o Brasil como o maior país do mundo a ter eliminado a transmissão do HIV de mãe para filho, conhecida como transmissão vertical, enquanto problema de saúde pública. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, antecipou o anúncio nesta sexta-feira (15/Dez). O Conselho da Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS), em conjunto com representantes da OMS, deve visitar o Brasil esta semana para a entrega oficial da certificação ao governo brasileiro.
Padilha atribuiu o feito à eficácia do Sistema Único de Saúde (SUS) e à ampliação de seus serviços. “Significa que o Brasil conseguiu eliminar graças ao SUS, aos testes rápidos das unidades básicas de saúde, aos testes do pré-natal, às gestantes que têm HIV tomarem a medicação pelo SUS”. O ministro afirmou que o Brasil apresentou um dossiê à organização mundial no mês de julho com os dados detalhados da rede de saúde.
O ministro relembrou que, em décadas passadas, o Brasil mantinha iniciativas filantrópicas para abrigar órfãos com HIV que perderam os pais em decorrência da Aids. “Abrigavam aqueles bebês que tinham nascido com HIV e seus pais tinham morrido. A gente não tem mais isso no nosso país, felizmente, nem a transmissão do HIV da gestante para o bebê”, comemorou.
Iniciativa sobre apostas eletrônicas
Durante o programa, o ministro também destacou outras iniciativas promovidas pela pasta, como a criação do Observatório Saúde de Apostas Eletrônicas. O observatório reúne uma série de iniciativas para o enfrentamento dos riscos à saúde mental associados às apostas eletrônicas.
Entre as ações, Padilha reforçou a disponibilização de uma ferramenta no aplicativo Meu SUS Digital que permite ao cidadão bloquear simultaneamente todas as contas em sites de apostas. O serviço de teleatendimento psicossocial também será implantado como parte das iniciativas.
Segundo o ministro, estudos da pasta apontam que as pessoas se sentem mais à vontade em consultas online com psicólogos e psiquiatras para tratar do assunto. Ele explicou que os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) registraram um número pequeno de atendimentos dessa natureza, que devem chegar a 5 mil este ano.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.










