Como parte da estratégia de vacinação extramuros, a Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde (MS), criou o Monitoramento Rápido de Vacinação (MRV). A iniciativa consiste em averiguar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos por meio do processo de busca em campo de indivíduos vacinados e não vacinados.
![](https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/177808/Para+o+Monitoramento+R%C3%A1pido+de+Vacina%C3%A7%C3%A3o+%28MRV%29%2C+equipes+de+14+unidades+b%C3%A1sicas+de+sa%C3%BAde+%28UBSs%29+v%C3%A3o+de+porta+em+porta+em+%C3%A1reas+selecionadas+em+todo+o+DF.+Foto_Jhonatan+Cantarelle_Ag%C3%AAncia+Sa%C3%BAde-DF.jpg/46f29969-cd2f-c973-9232-ea5280d68e3d?t=1700162015227)
“O monitoramento tem o objetivo de verificar se a Campanha de Multivacinação realizada neste ano foi efetiva. Vamos em campo e entrevistamos a comunidade, questionando o motivo da não vacinação. A partir dessas respostas traçaremos novas estratégias”, explica a gerente da Rede de Frio do DF, Tereza Luiza Pereira. “Se for por falta de acesso, vamos ampliar os horários e a vacinação extramuros. Se por medo da vacinação, precisamos melhorar nossa comunicação e educação em saúde”, exemplifica.
O MRV usa um método estatístico. Duas unidades básicas de saúde (UBSs) por região de saúde foram selecionadas, totalizando 14 UBSs em todo o Distrito Federal que farão o monitoramento em cerca de 15 microáreas. As equipes vão de porta em porta conferir os cartões de vacina de toda a família. A estratégia permitirá identificar grupos de pessoas suscetíveis e nortear as atividades de vacinação para alcançar esse público.
![](https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/177808/Nas+visitas+%C3%A0s+resid%C3%AAncias+do+territ%C3%B3rio+monitorado%2C+equipes+de+sa%C3%BAde+avaliam+a+caderneta+de+vacina+de+crian%C3%A7as+e+adolescentes+menores+de+15+anos.+Foto_Jhonatan_Cantarelle_Ag%C3%AAncia+Sa%C3%BAde-DF.jpg/1295da65-2abf-57d9-afff-6c75bc15db8e?t=1700162065265)
Segundo a gerente da Rede de Frio do DF, é necessário localizar, na área de monitoramento, 20 crianças em endereços diferentes vacinadas. Se a equipe identificar duas crianças não vacinadas, a ação de monitoramento é interrompida e inicia-se a varredura, ou seja, a vacinação casa a casa, pois entende-se que aquele território não está coberto. “Na ação, a vacina vai junto com as equipes que estão nas ruas. Todo o calendário vacinal está disponível, composto atualmente por 17 vacinas. A única exceção para aplicação imediata é a da BCG, pois sua aplicação ocorre em dias agendados nas UBSs”, afirma Tereza.
De porta em porta
O MRV teve início em 14 de outubro e ocorre simultaneamente em todas as sete regiões de saúde. A UBS 1 de São Sebastião é uma das unidades sorteadas para fazer o monitoramento. Em uma das visitas ao local conhecido como Baia dos Carroceiros, uma área de grande vulnerabilidade social na região administrativa, a equipe encontrou rapidamente duas casas em que as crianças não haviam sido vacinadas. Imediatamente, o procedimento foi adotado.
“Essa é uma oportunidade de conversar com a população, que muitas vezes não tem conhecimento dos serviços que temos disponíveis. Essas visitas ajudam na ampliação da cobertura vacinal e esclarecem dúvidas”, avalia a agente comunitária de saúde, Juceli Matias.
Na casa de Edivânia Alves, de 42 anos, duas crianças estavam com esquema vacinal atrasado. Por isso, seu filho Enzo, de 5 anos, e a neta Ághata, de 2 anos, receberam a vacina contra influenza (gripe). “Não esperava ter atendimento em casa, mas ansiava por isso. Assim, vemos que estamos seguros, pois [a Saúde] está aqui. Estou bastante satisfeita.”
![](https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/177808/A+fam%C3%ADlia+de+Ediv%C3%A2nia+Alves+%28camisa+amarela%29+recebeu+a+equipe+da+UBS+1+de+S%C3%A3o+Sebasti%C3%A3o+para+o+monitoramento.+Foto_Jhonatan_Cantarelle_Ag%C3%AAncia+Sa%C3%BAde-DF.jpg/763f15a7-356e-80ec-4165-e6df1538b69b?t=1700162105418)
Quem também aproveitou a oportunidade para imunizar dois dos três filhos foi a dona de casa Carolina Pereira, de 23 anos. O pequeno Heitor estava com as vacinas indicadas aos 12 meses atrasadas e, por isso, tomou quatro de uma única vez. Já Ana Klara, de 8 anos, recebeu uma dose da vacina contra gripe. “Tenho minhas crianças e não consigo ir sempre ao posto de saúde. Vindo em casa é bem melhor e facilita nossa vida”, avalia a mãe.
De acordo com a enfermeira Flávia Rodrigues, que atua na UBS 1 de São Sebastião, as áreas mais vulneráveis são as que possuem mais crianças e gestantes e costumam ter atraso na caderneta de vacina. “O Monitoramento Rápido de Vacinação ajuda muito, pois levamos os imunizantes até a casa da pessoa e, se o adulto estiver com atraso, também ofertamos as vacinas”, destaca.
![](https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/177808/Carolina+Pereira+aproveitou+a+oportunidade+e+atualizou+o+cart%C3%A3o+de+vacina+dos+filhos.+Ela+relatou+dificuldade+de+ir+%C3%A0+UBS+com+as+crian%C3%A7as.+Foto_Jhonatan_Cantarelle_Ag%C3%AAncia+Sa%C3%BAde-DF.jpg/354b6114-222d-462d-d353-36bf5577b7f3?t=1700162139489)