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19 abr 2024 22:15


Alzheimer: a doença do esquecimento

Fevereiro Roxo destaca a importância de identificar a doença precocemente

Por Jurana Lopes

O Fevereiro Roxo é destinado à conscientização do Alzheimer, forma mais comum de demência neurodegenerativa, sendo progressiva, irreversível, de causa desconhecida e com maior frequência entre os idosos. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado.

“O mês alusivo tem sua importância, visto que é uma doença progressiva, e a identificação dos sinais precocemente, em estágios iniciais, é de suma importância no sentido de se tentar controlar os sintomas e postergar os comprometimentos da capacidade funcional, ou seja, autonomia e independência”, explica Angela Maria Sacramento, Referência Técnica Distrital (RTD) de Terapia Ocupacional da Gerência de Saúde Funcional.

Fevereiro Roxo é uma campanha de conscientização promovida para incentivar o diagnóstico precoce do Alzheimer. O objetivo é permitir que os pacientes tenham uma maior qualidade de vida. Além disso, os primeiros sintomas da doença de Alzheimer são sutis, o que pode passar despercebido. Por isso, é importante promover a conscientização destes sinais e sintomas.

“À medida que a doença evolui, as pessoas tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros. A partir daí iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e o paciente passa a necessitar de cuidados e supervisão permanente, até mesmo para as atividades da vida diária. Neste sentido o acompanhamento com a equipe interdisciplinar é fundamental”, destaca Angela.

Entre os principais sintomas da doença de Alzheimer estão: perda de memória; dificuldade em resolver problemas; desorientação no tempo e espaço; dificuldade em realizar tarefas do cotidiano; problema de linguagem; trocar o lugar das coisas e; alteração de comportamento.

Sintomas

Os primeiros sintomas são os pequenos esquecimentos, normalmente os familiares acham que faz parte do processo normal de envelhecimento. Vale destacar que nem todo esquecimento é sinal de Doença de Alzheimer. No entanto, o alerta surge quando esses esquecimentos começam a ter uma frequência maior e repercussão no funcionamento das atividades cotidianas do idoso.

Tratamento

O tratamento baseia-se no processo de retardar o avanço do Alzheimer e prolongar a maior independência, autonomia e qualidade de vida ao paciente e familiares. Neste sentido, o acompanhamento de uma equipe interdisciplinar é essencial para auxiliar o paciente, cuidador e familiares.

“Pacientes com Alzheimer são atendidos em quase todas as especialidades médicas. A geriatria realmente atende muitos pacientes com demência, mas a neurologia e psiquiatria também. O que quero dizer é que não é uma doença exclusiva de uma especialidade”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) de Geriatria/Alzheimer, Larissa de Freitas Oliveira.

Rede de atendimento

Na Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o paciente com Alzheimer tem seu acompanhamento longitudinal com a equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF), bem como nos Ambulatórios de Geriatria. Nesse, o paciente será acompanhado pelo geriatra e pela equipe interdisciplinar (terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, enfermeiro, psicólogo, assistente social, etc).

“Atualmente temos 11 ambulatórios de geriatria espalhados em todas as regiões de saúde do DF”, afirma a RTD. Os ambulatórios estão localizados em: Samambaia, Taguatinga, Asa Norte, Planaltina, Sobradinho, Paranoá, São Sebastião, Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Guará e Gama.

Na região Sudoeste, especificamente em Taguatinga, há uma equipe interdisciplinar com serviço de saúde funcional, com fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

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