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20 abr 2024 00:55


DF retoma cirurgias eletivas em todas as especialidades

Procedimentos hospitalares realizados em 2019 e 2020 são pelo menos 11% a mais que os registrados na primeira metade da gestão anterior

Por Hédio Ferreira Junior

Suspensas em 29 de junho de 2020 diante da pandemia do novo coronavírus, as cirurgias eletivas no Distrito Federal voltaram a ser realizadas, em sua totalidade, neste início de fevereiro. As marcações, que já estavam liberadas desde o início da semana passada, podem ser feitas em 22 especialidades.

A decisão de suspender a maioria dos procedimentos foi tomada diante do risco de expor pacientes cirúrgicos ao contágio da Covid-19 e da necessidade de preservação dos insumos de intubação no tratamento dos infectados por ela. Na época foram mantidas apenas as intervenções cardiovasculares, oncológicas, os transplantes e as judicializadas – que são aquelas em que o paciente recorre à justiça para garantir a prioridade do atendimento.

Ainda que em um ano de pandemia, os números de 2020 superam os de outros anos em que a Covid-19 não comprometia os recursos para novos investimentos do governo na área de saúdePetrus Sanchez, secretário-adjunto de Assistência à Saúde

A partir de 19 de outubro de 2020, o Governo do Distrito Federal (GDF) foi liberando, gradativamente, a realização de procedimentos por especialidades. As primeiras, foram as oftalmológicas. No final de novembro, as urológicas, ginecológicas e cardiovasculares também passaram a ser autorizadas. Outros procedimentos foram excluídos das proibições nos meses seguintes.

Dados da sala de situação da Secretaria de Saúde apontam que o GDF realizou, entre janeiro e novembro de 2020, ano de decreto da pandemia, 58.625 autorizações para internações cirúrgicas hospitalares. Em 2019, início da atual gestão e sem risco do novo coronavírus, foram 68.247 cirurgias, de janeiro a dezembro, o maior registro dos últimos seis anos.

Somados, os atendimentos cirúrgicos dos dois primeiros anos desta gestão são pelo menos (já que o mês de dezembro ainda não foi computado) 11,4% maior que a primeira metade da gestão anterior: em 2015 foram 55.482 cirurgias, em 2016, 58.398; em 2017, 56.258; e em 2018, 60.129. As cirurgias ambulatoriais, que são aquelas menores, de baixa complexidade, como a retirada de uma pinta, não estão incluídas nesses balanços.

“Ainda que em um ano de pandemia, os números de 2020 superam os de outros anos em que a Covid-19 não comprometia os recursos para novos investimentos do governo na área de saúde”, ressalta o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, da Secretaria de Saúde, Petrus Sanchez.

Mutirão

Em Ceilândia, região mais populosa do DF, a direção do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) decidiu otimizar os horários noturnos e os finais de semana, quando geralmente as salas cirúrgicas não são demandadas, para marcar novos procedimentos. “Com isso, conseguimos reduzir a fila de espera de pacientes da ortopedia, sem comprometer os atendimentos de rotina”, conta a superintendente da Região de Saúde Oeste, Lucilene Florêncio – responsável também pelas regiões administrativas de Brazlândia e do Sol Nascente/ Pôr do Sol.

O autônomo José Elano Coelho, de 52 anos, fraturou o tornozelo durante uma partida de futebol, em 25 de outubro. Encaminhado ao HRC, o morador do Setor O ficou alguns dias internado até chegar ao centro cirúrgico, em 1º de novembro, até entrar na força tarefa de cirurgias organizada pela superintendência. “Esses mutirões são bem úteis para a população e eu fui um desses beneficiados, sendo muito bem atendido”, afirma ele.

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