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19 abr 2024 14:50


Cultivo de funcho pela Farmácia Viva do Riacho Fundo I completa 10 anos

Planta medicinal começou a ser distribuída na rede de Atenção Primária em 2014 na forma de tintura

O cultivo de funcho pela Secretaria de Saúde, através do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo I está completando dez anos e, neste período, a planta passou por diversos estudos e se tornou um dos fitoterápicos distribuídos na rede de Atenção Primária do Distrito Federal através das unidades básicas de saúde (UBSs).

Utilizado para tratar incômodos do trato intestinal, entre as indicações do funcho estão o alívio sintomático da má digestão e de cólicas intestinais. Além disso, a planta medicinal evita a formação de gases e ajuda na eliminação dos mesmos.

“Hoje, a tintura de funcho é o único medicamento dispensado nas farmácias da Atenção Primária que possui indicações para tratar de gases e má digestão. É um medicamento com bastante eficácia e que agrada os usuários”, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo I, Nilton Netto.

De acordo com ele, em 2011 foi iniciado o cultivo do funcho pela Farmácia Viva. A planta medicinal não é oriunda do cerrado e por isso, teve seu desenvolvimento observado. Depois das adaptações relacionadas ao cultivo e suas peculiaridades, além de estudos acerca dos seus princípios ativos, em 2014, a planta começou a ser utilizada como medicamento fitoterápico na rede.

Em 2020 a Farmácia Viva do Riacho Fundo I colheu 15 quilos de funcho e produziu 1.136 unidades de tintura. “Pelo quantitativo as pessoas imaginam que 15 quilos é pouco, mas, na verdade, o funcho é bem pequeno e para juntar uma grande quantidade leva tempo”, afirma.

Processo de produção

Para produção da tintura do funcho, faz-se o plantio no mês de julho, o florescimento e surgimento dos frutos se dá entre os meses de outubro a fevereiro. É realizada uma colheita semanal. Após colhido e processado, o funcho é colocado na estufa na temperatura de 45 graus, onde fica pelo período de 48 a 72 horas.

“Depois de seco, o funcho é moído e passa pelo aparelho percolador, em que fica cerca de 24 horas em contato com álcool de cereais. Após o período em que os princípios ativos da planta são extraídos, o funcho é liberado do percolador já na forma de tintura e envazado nas embalagens”, explica Nilton.

Em todo o ano passado, a Farmácia Viva do Riacho Fundo I colheu 479 quilos de plantas medicinais e, ao todo, produziu 6.455 unidades de medicamentos fitoterápicos, que são distribuídos em 21 Unidades Básicas de Saúde do DF.

Para ter acesso aos produtos, a UBS deve fazer o cadastro junto à Farmácia Viva, que cuidará da programação a partir da estimativa de produção. O paciente, com a devida prescrição, poderá retirar esses medicamentos naturais na farmácia da UBS cadastrada mais próxima à sua residência. Saiba quais são as unidades que possuem os fitoterápicos clicando aqui.

Atualmente, são produzidos e ofertados à população os fitoterápicos oficinais relacionados abaixo:

● Xarope de guaco (Mikania laevigata): Expectorante
● Tintura de guaco (Mikania laevigata): Expectorante
● Chá medicinal de guaco (Mikania laevigata): Expectorante
● Tintura de boldo nacional (Plectranthus barbatus): Antidispéptico (má digestão)
● Tintura de funcho (Foeniculum vulgare): Antiflatulento, antidispéptico e antiespasmódico.
● Gel de erva baleeira (Cordia verbenacea): Anti-inflamatório em dores associadas a músculos e tendões.
● Gel de confrei (Symphytum officinale): Cicatrizante, equimoses, hematomas e contusões.
● Gel de babosa (Aloe vera): Cicatrizante
● Gel de alecrim pimenta (Lippia sidoides): Antisséptico, antimicótico, escabicida.

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