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18 abr 2024 22:49


Saúde alerta para prevenção contra o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis

Rede Pública está abastecida com preservativos que podem ser facilmente encontrados nas UBSs

A Secretaria de Saúde mantém diversas ações voltadas para a prevenção do HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Em todas as 172 unidades básicas de saúde e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto, são oferecidos preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante; realização de exames para o HIV, sendo, na maioria dos locais, de testagem rápida; testes rápidos para sífilis e Hepatites virais B e C.

Além disso, existe a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) disponibilizada no Hospital Dia e no Hospital Universitário de Brasília, como estratégia de prevenção, além do uso de preservativos. A PrEP é disponibilizada para as pessoas parceiras das Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV).

A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz explica que “na PrEP, após avaliação por profissionais especializados, o usuário passa a usar um medicamento específico para evitar o HIV, reduzindo o risco de contrair o vírus”. Além disso, segundo ela, o paciente recebe todas as orientações, como acompanhamento sobre o uso de camisinha e demais cuidados para não contrair outras ISTs.

Também está disponível em toda a rede a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). É uma forma de prevenção da infecção pelo HIV com o uso de medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da Aids para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, por meio da exposição ocupacional, no caso de profissionais de saúde, por exemplo, ou pela exposição sexual ocorrida em casos de sexo sem camisinha ou de violência sexual.

De acordo com Beatriz, esses medicamentos precisam ser tomados por 28 dias, sem parar, com o objetivo de impedir a infecção pelo vírus, sempre com orientação médica. A Profilaxia Pós-Exposição está disponível em todos os serviços de urgência e emergência, Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e no Hospital Dia.

A principal forma de prevenir a infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, que está disponível nas salas de vacina do Distrito Federal, nas unidades básicas de saúde. As doses são aplicadas em todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade. Para as crianças, a recomendação é que se façam quatro doses da vacina, sendo: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, via de regra, o esquema completo dá-se com aplicação de três doses.

ISTs no DF

De 2014 a 2019, dados do último boletim com informações sobre a doença no DF, foram notificados 4.102 casos de infecção pelo HIV e 2.150 casos de Aids. Observou-se uma tendência de redução do coeficiente de detecção dos casos de Aids por 100 mil habitantes. Em relação ao HIV, constatou-se tendência de crescimento, o que pode indicar o aumento da detecção precoce de infecção pelo HIV, antes de sua evolução para Aids.

O tratamento adequado no momento oportuno tem possibilitado que 92% dos pacientes com HIV/Aids em tratamento no DF estejam atualmente com carga viral indetectável, o que reduz a quase zero por cento a chance de desenvolverem infecções oportunistas ou até mesmo de transmitirem para outra pessoa. Hoje em dia, tratamento também é sinônimo de prevenção.

Os dados mostram um perfil epidemiológico predominantemente masculino (com uma proporção de cerca de 7,3 casos masculinos de HIV para 1 feminino). Entre estes homens predomina a transmissão sexual, principalmente de homens que fazem sexo com outros homens. Observa-se que a faixa etária que detém o maior número de casos de Aids é de 20 a 39 anos (32%); já os casos de HIV diagnosticados concentram-se na faixa etária mais jovem, de 20 a 29 anos (46%).

Outro dado que chama a atenção é o crescimento de casos de HIV/Aids em faixas etárias acima dos 60 anos. Em 2014, entre as mulheres os casos acima de 60 anos representavam 5,1% do total e entre os homens representavam 3,3%; já em 2019 esta faixa passou a representar 11,3,1% dos casos femininos e 5,8 dos casos masculinos.

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