25.5 C
Brasília
19 abr 2024 22:30


Entrevista: “A nossa maior responsabilidade é trabalhar muito para honrar os votos conquistados nas urnas”, diz Paco Britto

O momento agora é de muito trabalho. Este pessoal que quer se projetar politicamente, está esquecendo que somos uma equipe (Paco Britto)

Por Delmo Menezes

O vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto, abriu as portas do seu gabinete no Palácio do Buriti, nesta segunda-feira (23/12), para uma entrevista exclusiva para o portal de notícias Agenda Capital. Paco faz um balanço sucinto sobre as realizações do GDF no primeiro ano de gestão, dando o enfoque especial para área da saúde e as obras que estão sendo realizadas em toda a cidade.

Leia a íntegra da entrevista:

AC – Nesses 12 meses de gestão o senhor tem atuado de forma bem intensa, não somente como vice-governador, mas sobretudo como governador em exercício. Isso não gera uma certa ciumeira dentro do governo?

PB – A força do trabalho supera qualquer obstáculo. A nossa vontade é ajudar o governador Ibaneis a fazer o bem para nossa cidade. Graças ao governador Ibaneis e toda equipe, estamos cumprindo fielmente nossos compromissos assumidos na campanha. Eu e o governador não descansamos enquanto não resolvemos os inúmeros problemas de nossa cidade, principalmente quando atinge a população mais carente. Como o governador diz, governo é para quem precisa, é para o pobre.

AC – Como está o relacionamento do Executivo com a Câmara Legislativa? Temos visto alguns deputados considerados da base, que de vez em quando votam contra os projetos de lei do Governo. A base está rachada?

PB – Continuamos com a base sólida sim. O relacionamento é muito bom. Veja por exemplo a quantidade de projetos aprovados. Alguns deputados votaram pontualmente contra o governo inclusive do meu partido – o Avante. Mas na maioria dos casos votam com o governo, e assim acontece com todos os partidos, inclusive com os de oposição. Alguns parlamentares que não são da base, em muitos casos votam a favor do governo, pois são projetos para o bem de Brasília e tenho certeza de que esses deputados querem o bem do DF.

AC – Como está o seu partido, o Avante, a nível nacional e aqui no DF? O senhor pretende repetir a dobradinha vitoriosa com o MDB em 2022?

PB – Essa é a nossa intenção, manter a chapa para 2022. Só que anda é muito cedo para se conversar sobre eleição. Na minha avaliação política, essa discussão tem que ocorrer em 2021. Se o governo for bem, todos vão bem. Se o governo for ruim (que eu acredito que não seja) será ruim para todos. O que nós temos que fazer agora é trabalhar, e trabalhar muito.

AC – Comenta-se nos bastidores que alguns nomes do primeiro escalão estão mais preocupados em se projetar politicamente do que fazer a máquina andar e cumprir com o papel de gestor para o qual ele foi nomeado. Como o senhor avalia esta situação?

PB – Foi o que nós falamos a pouco. Este pessoal tem que saber que estão no governo Ibaneis, e eu também sou governo. A não ser que o governador não queira repetir a chapa que foi vitoriosa nas urnas. Este pessoal que quer se projetar politicamente, está esquecendo que somos uma equipe. Temos que saber que o momento é de muito trabalho como temos visto o nosso governador Ibaneis. Peço a estas pessoas que trabalhem em prol do governo, pois assim fazendo, todos teremos chances reais de sermos bem sucedidos nas próximas eleições. A nossa maior responsabilidade é trabalhar muito para honrar os votos conquistados nas urnas, e transformar em realidade essa esperança da população do Distrito Federal.

AC – Sabemos que no primeiro ano foram realizadas obras importantes para a população do DF. Quais as mais relevantes que o senhor gostaria de destacar?

PB – O IGES (Instituto de Gestão Estratégica) é um grande projeto. Logo no início do governo foi aprovado pela Câmara Legislativa. O instituto já assumiu dois hospitais de referência no DF, que são o Hospital de Base e o Hospital de Santa Maria, além das 06 UPAS. Ninguém pode negar que é um avanço. Depois que as demais UPAS forem construídas e tivermos todo o material humano, temos certeza de que os Pronto Socorros dos hospitais vão esvaziar bastante. As UPAS com sua capacidade máxima poderão atender cerca de 350 a 400 pacientes/dia, com até 95% de resolutividade. Isto significa um número considerável de pacientes, deixando os casos mais graves que exigem maior complexidade, para serem atendidos nos hospitais da rede. E não poderia deixar de citar que iremos construir dois novos hospitais, o de Ceilândia e o do Guará, que são uma vitória para a população, além da liberação por parte da Caixa Econômica Federal do projeto de construção do Hospital do Câncer.

Outros avanços, foram a redução do IPVA para a população inteira, alvará sendo expedido com 07 dias (coisa que nunca aconteceu), Túnel de Taguatinga agora liberado pelo TCDF (devemos iniciar as obras o mais rápido possível), conclusão de vários viadutos, conclusão da Saída Norte, obras de grande relevância para Vicente Pires (estamos fazendo o que ninguém quis fazer). Estamos encarando estas obras como Estado. O governador Ibaneis determina que todos sejam Estado.

AC – Há anos atrás, a saúde pública do DF era um modelo para o restante do país, quando nossa população era em torno de 500 mil habitantes. Hoje com a região do Entorno somos mais de 5 milhões de habitantes. Dá para acreditar que a saúde pública do DF vai melhorar?

PB – Ela está melhorando. Com a criação do IGES estamos dando um salto de qualidade com o apoio da Secretaria de Saúde. Só que como você mesmo citou, o número de usuários também está aumentando consideravelmente. Temos visto diariamente, ônibus chegando de vários lugares de fora de Brasília, trazendo pacientes para serem atendidos em nossa rede púbica. Funcionamos porta aberta 24 horas. Vimos pessoas da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Norte do Brasil e de outros lugares. Nós não recusamos os atendimentos. O Hospital de Base criado logo no início de Brasília, é o hospital de referência até hoje. Temos que criar as Unidades de Pronto-Atendimento para desafogar estes hospitais. Precisamos que os governantes municipais trabalhem em seus municípios para que tenham hospitais com capacidade de atender a grande demanda que diariamente chega até Brasília. Estamos também reequipando as UPAS, de modo que elas possam receber os repasses da área federal.

AC – Hoje mesmo em entrevista, o governador Ibaneis estava elogiando o governo do presidente Jair Bolsonaro pelo tratamento que está dando ao Distrito Federal, sem considerar o aspecto ideológico. Qual sua avaliação do governo federal?

PB – Uma boa avaliação, porém acho que se deve ter menos extremismo. Acredito que o ideal é ter um governo mais central, nem tão de direita e nem de esquerda. Isso é uma opinião pessoal minha, e não como vice-governador do Distrito Federal. Analisando de maneira institucional, ele está fazendo coisas muito boas para o DF, assim como o vice general Mourão. O relacionamento do governador Ibaneis com o presidente Bolsonaro está afinado. Hoje estamos com o governo integrado. Acredito que o presidente quer o bem de Brasília.

AC – Na qualidade de vice-governador que nota o senhor daria para o primeiro ano da atual gestão?

PB – Daria nota 8,0 para a nossa gestão.

AC – O que a população pode esperar para 2020?

PB – Um governo com muitas obras. Vamos ter realizações em todas as áreas. Queremos honrar todos os compromissos que assumimos na campanha. Este governo já deu demonstração que está presente em todas as cidades entregando obras a população, e privilegiando sobretudo, as pessoas mais carentes.

Fonte: Agenda Capital

LEIA TAMBÉM

PD nas redes

FãsCurtir
SeguidoresSeguir
SeguidoresSeguir
InscritosInscrever