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25 abr 2024 17:03


Casais que possuem embriões congelados no HMIB devem procurar a unidade

Pacientes devem se manifestar quanto à destinação do material

Por Janiara Lara

Pacientes da rede pública de saúde que possuem embriões congelados no Serviço de Reprodução Humana do Centro de Ensino e Pesquisa em Reprodução Assistida (Cepra), do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), devem procurar a unidade, portando os documentos pessoais, para verificar a situação do material biológico e dar a destinação adequada. O chamamento é realizado em razão do acúmulo de amostras e do esgotamento do espaço físico.

“No momento, devido à grande quantidade de casais que estão sendo atendidos, e aos que já estão agendados pelo centro, estamos com quase 500 embriões congelados. Desses, cerca de 250 estão aqui há mais de três anos. Sendo assim, já poderiam ter outro destino, como a transferência, a doação ou descarte. Mas, para que qualquer uma dessas alternativas seja tomada, é necessário que os casais compareçam ao Hmib para decidirem o que será feito”, alerta a diretora do Cepra, Rosaly Rulli Costa.

Os embriões são acondicionados em contêineres especiais, imersos em nitrogênio líquido, onde ficam armazenados até o momento da utilização. E esses espaços já estão com a lotação quase que esgotada. Quase 97% do espaço disponível estão tomados, o que pode impossibilitar a continuidade do trabalho que o Cepra realiza.

“Não tem como coletar novos materiais se não temos mais como armazenar. Por isso, precisamos que os casais que mantêm os embriões aqui no Hmib, há mais de três anos, venham aqui com a máxima urgência, para que o serviço não seja afetado e para que os casais que precisam de tratamento sejam atendidos, como eles foram anteriormente”, esclarece Rosaly Rulli.

A unidade é um dos poucos hospitais públicos do Brasil que possui o serviço de reprodução humana assistida. Existe há mais de 20 anos e já soma mais de 4 mil atendimentos e quase 400 nascimentos. Dos 1.120 tratamentos efetivamente realizados, a taxa de sucesso chega a alcançar 30% dos casos. Atualmente, 1.122 casais estão aguardando na fila.

Embriões

Na fertilização in vitro, os embriões são formados através da união dos óvulos, coletados anteriormente da mulher, com os espermatozoides, em condições que simulem o ambiente do organismo da mulher. Depois disso, são implantados no útero.

O número máximo de embriões que pode ser transferido para a mulher é determinado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e varia de acordo com a idade. De acordo com uma resolução de 2010, até os 35 anos, é permitida a transferência de até dois embriões. Entre os 36 e 39 anos, três. A partir dos 40 anos, elas podem receber até quatro.

Legislação

Os embriões excedentes, aqueles que não chegam a ser implantados no útero após a técnica de fertilização in vitro, são conhecidos também como “embriões sobrantes”.

Antes da Resolução nº 1.957, de 2010, era determinado que os embriões que não fossem implantados deveriam ser preservados por tempo indeterminado. Mas, em 2013, uma nova resolução foi estabelecida pelo CFM revogando essa determinação e dispondo que os embriões congelados por mais de cinco anos sejam descartados, se for da vontade dos pacientes. A última resolução do Conselho, de 2017, mudou este prazo para três anos.

Fonte: Agência Saúde DF

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