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16 abr 2024 05:53


Saúde e educação estão entre os temas mais abordados em sessão da CLDF

Por Luís Cláudio Alves

A sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal desta terça-feira (4) contou com pronunciamentos sobre diversos assuntos, com destaque para questões relativas a saúde e educação. Também foram abordados temas como privatização de empresas públicas, greve do metrô e epidemia de dengue.

A deputada Arlete Sampaio (PT) destacou a realização da Conferência de Saúde do DF, que tem início nesta quarta-feira (5), “como um espaço de extrema importância, sobretudo no atual momento político, em que os espaços de participação social estão sendo atacados”. Segundo ela, a conferência – que reunirá 400 delegados – é o momento adequado para debater a saúde pública e, também, a epidemia de dengue que assola o DF. A distrital apontou a falta de investimentos na área como a causa da epidemia.

O deputado Jorge Vianna (Podemos) também falou sobre a epidemia de dengue, a qual classificou como “problema grave”. Para ele, as estratégias adotadas ainda não surtiram efeito. O deputado Chico Vigilante (PT) lamentou o crescimento dos casos no DF. “Já são cerca de 25 mil pessoas acometidas pela dengue e 25 já morreram. A dengue é uma doença evitável. Se tivessem combatido o mosquito, as pessoas não estariam morrendo”, analisou, acrescentando que a doença atinge todas as classes sociais, “do Lago Sul ao Sol Nascente”. E completou: “A situação é grave, mas o governo está inerte e até agora não fez absolutamente nada. O governo local não diz nada, e o governo federal não se pronuncia”.

O deputado Leandro Grass (Rede) também abordou a questão da dengue e criticou a falta de gestão do governo para enfrentar a situação. Segundo ele, o cenário é “de guerra e caos na saúde do DF, com as pessoas morrendo por falta de leitos e UTIs”.

Por outro lado, o deputado Agaciel Maia (PL) enalteceu o reconhecimento em toda a mídia do trabalho desenvolvido pelo Hospital da Criança, devido ao caso recente das gêmeas separadas em uma cirurgia inédita. Agaciel lembrou o envolvimento do ex-vice-presidente José Alencar no esforço para construir o hospital. Segundo ele, algumas “forças” atuaram contra a efetivação daquela unidade de saúde e tentaram sabotar o projeto, “provavelmente por contrariar interesses particulares”.

Rural

O líder do governo na Casa, deputado Cláudio Abrantes (PDT), elogiou a retomada do programa “Caminhos da Escola”, voltado ao transporte escolar de alunos da área rural. Segundo informou, o GDF – por meio do DER e da Secretaria de Agricultura – está reativando o programa, que beneficia crianças em todo o DF. Abrantes contou a rotina do motorista Josimar de Oliveira Silva, de 33 anos e pai de dois filhos, que trabalha diariamente, desde às 5h, transportando alunos de áreas rurais. O deputado destacou que o governo está retomando o projeto, mesmo ele sendo de outra gestão. “Trata-se de um programa de suma importância para o oferecer um mínimo de qualidade e de acesso aos alunos das áreas rurais”, apontou.

O deputado Chico Vigilante lembrou que a iniciativa foi lançada no governo da presidente Dilma Rousseff, com a compra de ônibus escolares que foram distribuídos em todo o País.

Metrô

Manifestações de deputados sobre a greve do metrô levaram à discussão de propostas de privatização de empresas públicas. A deputada Júlia Lucy (Novo) afirmou que a greve de 30 dias do metrô tem causado enorme prejuízo à população. Para ela, a paralisação causa prejuízos para os usuários e muitos transtornos. A distrital defendeu a privatização do metrô e cobrou prioridade do governo para acabar com a greve. “Está na hora de o Estado focar nas prioridades”, completou.

Já o deputado Agaciel Maia discordou da colega e argumentou que a privatização de serviços só funciona em países ricos, que já contam com toda a infraestrutura desenvolvida. Na opinião dele, nenhuma empresa privada vai investir na expansão do metrô para áreas carentes. O deputado acredita que o metrô está sendo sucateado para depois ser privatizado. Em aparte, o deputado João Cardoso (Avante) disse que tem se reunido com servidores do metrô e cobrou responsabilidade dos deputados na discussão sobre possíveis privatizações. Para ele, antes de qualquer definição, são necessários estudos técnicos.

Por sua vez, o deputado Fábio Felix (PSol) criticou o que chamou de “visão equivocada” sobre o processo de mobilização dos trabalhadores. Na opinião do parlamentar, a greve é o último recurso do trabalhador e não é usada para atingir a população. O parlamentar criticou proposta de privatização do metrô e argumentou que uma pesquisa de satisfação de 2018, feita pela própria companhia, atestou que o serviço tem aprovação de 87% da população. “Os principais metrôs do mundo são públicos e não privados. A privatização levaria a um custo muito mais alto do que a gente tem hoje”, assinalou.

Fonte: CLDF

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