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25 abr 2024 09:56


Rollemberg: O pecado mora ao lado, na frente, na casa do irmão e até da Criança

Ricardo Leal, o “dono” do BRB (Banco de Brasília), está sendo visto pelos analistas políticos como o fio da navalha que tende a degolar de vez o projeto de reeleição do governador Rodrigo Rollemberg. Além do “ Criança”, apelido de Leal, no âmbito da Operação (12:26), parentes e aderentes do governador socialista, faziam parte de um esquema criminoso desmontado pela polícia que operava dentro do Buriti

Por Toni Duarte

Quem já beirava os 80% de rejeição popular, uma anomalia que pode levar qualquer político ao abismo eleitoral, a Operação (12:26), deflagrada na semana passada, com o foco em cima de uma quadrilha, cujo covil era o 3º andar do palácio do Buriti, tonou-se a última pá de cal que pode sepultar de vez a esperança de reeleição do governador Rodrigo Rollemberg.

A situação moldada no Inquérito nº 386/2018 da Policia Civil e do Ministério Público do Distrito Federal vem assombrando nos últimos dias o governador que confessa aos correligionários mais próximos em querer desistir do projeto de reeleição.

Um dia antes da polícia chegar de surpresa na antessala de seu gabinete, fato ocorrido na terça-feira (07/08), Rollemberg havia batizado, com todas as pompas, a sua campanha com o sugestivo nome de “Brasília de mão Limpas”.

O slogan nasceu com a missão de separar o joio do trigo. No discurso, o “probo” governador de Brasília ressaltava que do lado de lá haviam os “diabos” se referindo aos seus concorrentes ao Buriti e “do lado de cá, os anjos para defender Brasília a continuar no rumo certo”.

No entanto, a operação (12:26), revelou ao governador que “o homem honesto é cauteloso em suas amizades, mas o caminho dos ímpios o leva a perder-se”.

Apontou ainda que o diabo também estava ao lado de Rollemberg e fez da antessala do seu gabinete, no Buriti, uma poderosa central de corrupção, por meio do tráfico de influência e advocacia administrativa, que envolve parentes e aderentes do governador.

Entre os dez alvos atingidos pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública (Cecor), não é apenas Carlos Augusto Sobral Rollemberg, o “irmão mais novo” que mais preocupa Rollemberg, no caso “o irmão mais velho” como ambos estão identificados no bojo do inquérito nº 386/2018 da Policia Civil.

O pior ainda está por vir e pode chegar como uma bomba destruidora no meio da campanha do socialista.

Ricardo Leal, o ex-diretor conselheiro do BRB, amigo de longas datas de Rollemberg, foi um dos principais arrecadadores da campanha de 2014 do governador e estaria se habilitando, segundo as investigações, a ser o principal arrecadador da campanha de 2018.

Conforme apurou o Radar, o inquérito nº 386/2018 teria reservado uma pasta exclusiva só com gravações interceptadas de muitas horas de conversas de Leal identificado como “o Criança”.

Seriam conversas comprometedoras, tão quanto, aquelas citadas na delação premiada do doleiro Lúcio Funaro e do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, ao revelarem ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, sobre o envolvimento de Ricardo Leal, envolvido no esquema de propina e enriquecimento ilícito nos fundos de pensão.

Na Operação Sépsis, que investigou um suposto esquema de corrupção no fundo de investimentos FI-FGTS, controlado pela Caixa, Ricardo Leal era o “Chuck”, o boneco demoníaco de um filme americano que assombrou os sonhos de crianças e jovens dos anos 1980 e 1990.

Já na Operação (12:26), Leal aparece incorporado de “Criança”, nas conversas do ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal, Henrique Luduvice , primo de Rollemberg, grampeado em escutas telefônicas autorizados pela justiça.

Como “Chuck”, ou como “Criança”, as traquinagens do “homem da mala” é quem faz o amigo Rollemberg a querer desistir de tudo.

Fonte: Radar-DF

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