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25 abr 2024 09:45


Preocupação com novos casos e mortes por H1N1 no DF

Segundo a Secretaria de Saúde, 96% das infecções no DF são graves e exigem internação. Dos contaminados, 19 são crianças de até 14 anos; quatro são adolescentes de 15 a 19 anos; e 20, maiores de 60 anos

A Secretaria de Saúde confirmou 34% das suspeitas da gripe H1N1 na capital federal neste ano. Das 404 situações investigadas até a última semana, 138 receberam diagnóstico positivo. O avanço da doença preocupa as autoridades sanitárias. Em apenas sete dias, os casos ratificados aumentaram 18% no Distrito Federal — 21 pessoas ficaram doentes no período. Ao todo, 16 gestantes tiveram o diagnóstico. Dez pacientes morreram. Houve, ainda, 124 registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). No Entorno, a Secretaria de Saúde de Goiás identificou nove infecções por H1N1 e uma morte (leia reportagem abaixo).

Segundo a Secretaria de Saúde, 96% das infecções no DF são graves e exigem internação. Dos contaminados, 19 são crianças de até 14 anos; quatro são adolescentes de 15 a 19 anos; e 20, maiores de 60 anos. Em adultos entre 20 e 59 anos, a frequência do mal se revela maior: atingiu 53 pessoas. Santa Maria, com 22 casos (15,9%); Asa Norte com 16 (11,6%); e Ceilândia com 15 (10,8%) têm a maior incidência de H1N1 neste ano.

A diretora de Vigilância Epidemiológica, Cristina Segatto, avalia a quantidade de casos em 2016 como “positividade importante”, pois, em 2015, não houve registros. “Estamos esperando uma redução de doentes, uma vez que estamos em campanha de imunização. No período da pandemia (em 2009), por exemplo, não tínhamos tanto conhecimento da doença para investigar os casos”, explica.

A Secretaria de Saúde confirmou, ainda, 49,6% das suspeitas de Srag — doença que exige hospitalização e leva a morte quando não tratada. Das 250 amostras coletadas, 124 tiveram diagnóstico confirmado. “Como trabalhamos com unidades sentinelas, temos coletado amostras de todos os casos de internação. Desse modo, o médico inicia o tratamento enquanto a gente verifica o vírus que está em circulação”, detalha Cristina.

Ricardo de Melo Martins, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em doenças pulmonares, avaliou os números a pedido do Correio. “É um índice impressionante. A cada 100 possibilidades de gripe, 34 são confirmadas. Isso é surpreendente para a realidade do DF. Está bem acima do que a gente viu pós-2009, por exemplo”, conclui. “Em princípio, o frio favorece a proliferação, e as pessoas ficam mais aglomeradas; portanto, as chances de contaminação são maiores.”

Fonte: Correio Braziliense

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