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19 abr 2024 14:07


Rollemberg quer diálogo. Entre as pautas do governo, as Organizações Sociais

Palestrante do evento promovido pelo JBr., Rollemberg reconhece que falhou na comunicação

Por Millena Lopes

Em encontro com o setor produtivo do Distrito Federal, o governador Rodrigo Rollemberg reconheceu que esteve muito ocupado com a crise que encontrou quando tomou posse do Palácio do Buriti e falhou ao não dialogar com os empresários, por exemplo. Palestrante do Visão Capital, projeto desenvolvido pelo Jornal de Brasília, o chefe do Executivo convidou os presentes a construírem, juntos,  um futuro diferente para a capital federal.

 “Estamos abertos para, com franqueza e lealdade, debater com o setor produtivo”, discursou Rollemberg, ontem,  no encontro, cujo tema foi “Brasília – Perspectivas para 2016”.

Durante quase uma hora, o governador citou os feitos do primeiro ano de gestão, ressaltando números positivos, principalmente nas áreas de educação e segurança. Pediu atenção dos presentes para uma informação que a equipe econômica vem repetindo à exaustão: 81% dos recursos disponíveis no caixa do governo é utilizado para as despesas de pessoal, incluindo benefícios. E justificou que o alto valor inviabiliza investimentos, principalmente em um cenário de crise.

Para recuperar o orgulho

Recuperar o orgulho de morar na capital federal é o principal objetivo da administração de Rollemberg, conforme ele ressaltou. “Para que as pessoas tenham orgulho de morar em Brasília, é fundamental que o governo e a sociedade garantam qualidade de vida, com a redução das desigualdades sociais. É fundamental também que a população volte a acreditar no Estado e  que Brasília possa ser um modelo de cidade sustentável”, acrescentou.

 Também discursou para uma sala de eventos lotada de empresários, políticos e gestores públicos, o diretor-superintendente do Jornal de Brasília, Renato Matsunaga, que ressaltou a importância do evento para a discussão da  cidade. “Com esse evento, o Visão Capital se consolida como  fórum de discussão e networking entre  empresários das mais diversas categorias”, discursou.

Luos e PPCub: instrumentos de dinamização

Rollemberg pediu apoio d o setor produtivo para as agendas do governo para este ano e “participar intensamente dos debates”, citando o  Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) e a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos).

“Entendemos que estes dois bons instrumentos    contribuirão muito para a legalização e dinamização das atividades econômicas do Distrito Federal”, pontuou Rollemberg.

O novo código de obras, que vem sendo elaborado em conjunto com o setor produtivo, foi ressaltado pelo governador como um “instrumento que facilitará a desburocratização”.

Rollemberg citou também as alterações no Relatório de Impacto do Trânsito (RIT), cujo texto teve de voltar a ser apreciado na Câmara Legislativa este ano. E prometeu sancionar já na semana que vem.

 Parque tecnológico

No encontro com empresários, o governador também prometeu tirar o Parque Tecnológico do papel: “Temos hoje um grande parceiro interessado em entrar fortemente que é a Embrapa, o que daria um novo impulso ao projeto”.

Organizações sociais, o debate do ano

Rodrigo Rollemberg aproveitou o encontro com o empresariado da capital  para explicar a pretensão que tem de estabelecer parcerias público-privadas, para dar “dinamismo à economia”, citando a concessão do Centro de Convenções, Parque da Cidade e Parque de Exposições da Granja do Torto.

Entre elogios à Câmara Legislativa, destacados em várias oportunidades, o governador  disse que a Casa “tem papel importantíssimo” na condução do debate para implementação da gestão compartilhada, por meio de organizações sociais, na área de saúde. O debate, segundo ele, é o mais importante, “do ponto de vista político e legislativo”, a ser feito este ano na cidade.

“Se nós tivermos a capacidade de aprovar um bom projeto e selecionar as melhores organizações sociais, nós teremos condições de contribuir para a melhoria no atendimento à população”, destacou.

Ele classificou o modelo de “moderno e bem-sucedido” em várias cidades do Brasil e citou  os estados de São Paulo, Pernambucano e Goiás como “exemplos de que as organizações sociais foram introduzidas em determinadas áreas e trouxeram muitos benefícios ao conjunto da população”.

O governador destacou que deve haver “muito critério” na qualificação, no monitoramento e na fiscalização das instituições. “Isso não significa a retirada de nenhum direito dos servidores, nem no que se refere a salário, nem no que se refere a jornada de trabalho. Mas, sim, garante uma ampliação do serviço, com qualidade e com sustentabilidade”, discursou.

Planos para o futuro

Em resposta às perguntas dos empresários, o governador disse que pretende revitalizar a área central de Brasília,  com a implementação do projeto Centro Legal no Conic, a exemplo do que já ocorre no Setor Comercial Sul.

As obras de infraestrutura em  Vicente Pires, que já estão em andamento,  também foram citadas pelo governador, que destacou que serão investidos R$ 467 milhões, no total.  A verba, conforme Rollemberg,  é proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal.

Pense  nisso

Durante sua fala, o governador   fez vários elogios à Câmara Legislativa, como tem feito em quase todos os discursos. Os afagos ocorrem em  época de relações profundamente estremecidas com os deputados, no início de um ano em que o Executivo pretende levar à Casa pautas delicadas e polêmicas.

Fonte: Jornal de Brasília

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