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23 abr 2024 09:51


A força das redes sociais e dos blogs na política e no governo

Por Ricardo Callado

As redes sociais e os blogs são fundamentais hoje no desempenho político e na avaliação de governo. Na lógica das redes sociais e dos blogs, a crítica tem um multiplicador muito maior e, por isso, espalham muito mais o desgaste dos alvos políticos. Por isso, toda a parte propositiva deve ter foco e recorte nas redes sociais e nos blogs.

O eleitorado jovem hoje vem fazendo a diferença. Pesquisas mostram a alta proporção de jovens decepcionados com o quadro moral. E que veem a política como atividade suja. Esse é certamente o efeito mais grave do atual ciclo petista no poder culminando com uma crise moral, política, econômica e social, e rejeição à política formal.

Há um fenômeno que deve ser analisado em profundidade pela importância que tem. A crescente e significativa presença e participação parapolítica dos jovens através das redes sociais e dos blogs. Essa ocorre desconectada da dinâmica partidária e governamental.

Na medida em que a lógica das redes é desverticalizada, horizontal e individualizada, é uma dinâmica que afasta os jovens dos canais formais de representação. Mas há exceções, que permitem olhar para frente e pensar na aproximação das redes sociais da política formal.

O grande desafio é estabelecer um diálogo entre a sociedade e o meio político, seja ele Executivo ou Legislativo. E isso deve ser feito através das redes sociais e dos blogs. O governo sempre é o mais atingido, principalmente quando trabalha de forma seletiva. E com o ranço da velha política, travestido num falso discurso do novo. O governo deve fugir dessa armadilha. Perseguições tolas fazem parte da velha política. E dos velhos rancorosos.

É preciso ao governo adotar um modelo de real-time marketing em que possa acompanhar a reação em cada ação. E cruzando vários indicadores, desde comentários nas redes sociais aos atendimentos em canais como ouvidorias.

O modelo tradicional de comunicação sempre foi pesquisar uma dinâmica da sociedade, planejar uma campanha, colocar no ar e acabou. Antes o trabalho da agência acabava quando a campanha ficava pronta.

Hoje ele começa nessa hora. Não dá mais para esperar 30 dias para entender se uma campanha funciona ou não. As campanhas precisam ser vivas, colocar o dedo no pulso do público e acompanhar tudo em tempo real.

Não adianta adotar a tática de colocar a mensagem do governo apenas em mídias tradicionais, onde serão vistas uma, no caso de impressos, ou duas vezes por dia, nos telejornais, quando os portais e blogs podem fazer o contraponto durante todo o dia. 24 horas. E com conteúdo sempre disponível a um público ilimitado. O tempo dirá quem estará certo.  E qual o preço político a ser pago. A comunicação é como o diálogo. Não pode nunca ser desperdiçada. E deve fugir do discurso da discórdia. Sempre!

Fonte: Blog do Ricardo Callado

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