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19 abr 2024 19:58


Depoimento de suposta servidora da Saúde de Goiás, contra as organizações sociais, viraliza em redes sociais

Por Kleber Karpov

O depoimento de uma mulher que se diz servidora da Saúde do estado de Goiás ganhou a graça dos servidores da Saúde do DF, uma vez que o governador, Rodrigo Rollemberg, se pronunciou favorável à utilização de Organizações Sociais (OSs)(30/Set), para atender demandas da Saúde e de outras áreas do governo.

No áudio recebido por Política Distrital, a suposta servidora da Saúde de Goiás, que não se identifica, faz um relato sobre o as condições dos servidores da Saúde após o governador, Marconi Perillo (PSDB), colocar OSs no processo de gestão de unidades de Saúde naquele Estado, caminho, aparentemente, a ser seguido por Rollemberg, no DF, quando o chefe do executivo declarou que o objetivo do GDF é:  “complementar e ampliar a rede com a participação dessas organizações”, ao se referir as unidades de saúde do DF.

Após a declaração do governador, Instituições, servidores e concursados ligados à Saúde, começam a se mobilizar reivindicando junto ao Conselho de Saúde do DF (CSDF) e ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), que intervenham junto ao GDF para impedir que Rollemberg consolide a contratação de OSs para atuar nas unidades de Saúde do DF.

O CSDF aprovou no final de julho as diretrizes que devem nortear a saúde pública do DF nos próximos quatro anos. Dentre elas, a principal deliberação aprovada na 9ª Conferência Distrital de Saúde do DF é a definição que a Saúde do DF será 100% SUS. O relatório foi entregue recentemente ao governador, ao MPDFT, ao Tribunal de Contas do DF e ainda às Instituições ligadas à Saúde do DF.

Confira o depoimento:

“Oi pessoal, bom dia. É… Muito me preocupa da forma como o governo vem nos tratando. É bem parecido com o que aconteceu no Goiás há cinco anos atrás. Quando o Marconi assumiu no primeiro mandato, no primeiro mês de governo dele, ele não pagou o salário do servidor. Atrasou. A gente foi receber no final do mês de fevereiro e todas as nossas gratificações foram tiradas. Hoje, nós não temos lá, nem o adicional noturno, que é Lei, que até a iniciativa privada paga, hoje nós não recebemos do Goiás. E o nosso descanso que é de três horas né, que todo mundo descansa três horas, lá só pode descansar uma hora quem trabalha noturno. Todas as gratificações foram tiradas. Hoje nosso salário lá é simplesmente o salário, não tem mais nem um tipo de gratificação, ou seja, o servidor lá foi tratado como cachorro quando as OSs entraram. Colocou todo mundo á disposição… E o pior de tudo, o servidor é quem tinha que procurar a sua própria lotação. Se o gestor da OS quisesse ele simplesmente chegava e colocava você á disposição e você tinha que correr atrás da sua viagem. Tem colegas nossos hoje, que moram em Goiânia e que trabalham em Santa Helena, Itumbiara… Então assim, o servidor foi chutado, foi tratado como cachorro… Então a hora da gente unir é essa, porque é esse o modelo que o Rollemberg tá trazendo para o Distrito Federal. Ele tá copiando uma gestão em saúde fracassada, que não funciona… Porque se no Goiás funcionasse os nossos hospitais aqui não eram superlotados, o entorno todo depende do Distrito Federal, então se lá funcionasse, o povo em torno ia procurar o que? Goiânia, e não no DF. Então assim, agora é hora de união, agora é hora de revolta mesmo, porque o governo quer acabar com a gente. Só… Como diz, o repórter digno… O Braga… Nós somos mais fortes, e nós precisamos manter essa postura. Porque se a gente não manter essa postura, se a gente fraquejar, realmente o governo vai passar por cima, vai fazer tudo aquilo que ele quer. Foi o que aconteceu no Goiás. Hoje o servidor público no Goiás estadual não tem valor nenhum… Eu falo isso porque eu tenho uma matricula lá. Nós não recebemos lá nem a data base de quatro anos. O nosso salário de quatro anos, a inflação vem subindo o tempo inteiro e o nosso parou no tempo. Então se a gente não arregaçar as mangas, não lutar e mostrar pra esse governo que ele foi eleito pelo povo e que ele tem que respeitar o povo, realmente a gente vai passar fome, porque esse governo não veio pra brincar não, ele veio realmente para massacrar o servidor público. Ou seja, ele não gosta de servidor!.. A vida dele toda ele entrou pela janela. No senado foi assim, na câmara foi assim… Ele caiu de paraquedas no governo. Então colegas vamos nos unir, vamos dar as mãos, vamos lutar contra esse massacra, contra esse governo ditador que quer passar por cima da gente… Não vamos aceitar, não vamos nos calar, tá? Então, portanto, a hora é essa, agora que a greve tá começando agora que a gente tem que dizer que nós somos mais fortes mesmos. Ele, gente, ele não tem esse poder todo que ele tá achando não… Porque o poder que ele tem foi o poder que  povo deu… Então na hora certa, ele vai ter o retorno dele. Basta cada um ter a sua posição de não aderir a essas mentiras e as pressões que ele está nos fazendo. É um massacre, é uma vergonha. Quem deve tem que pagar. Nós só queremos apenas o cumprimento das leis… E não vamos aderir a esse jogo sujo desse governo tá? Um abraço á todos.(SIC)”.

Confira o Áudio:

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